tag:blogger.com,1999:blog-80957632081623553792024-02-20T11:47:17.532-08:00FUTEBÓPOLISPara quem é capaz de amar uma manhã de segunda-feira ― desde que, na véspera, tenha havido uma improvável vitória fora de casa.Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.comBlogger23125tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-20079091618642622832017-04-12T07:45:00.002-07:002017-04-14T08:23:28.678-07:00Eternas ondas azuis<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Dias atrás, peguei-me pensando em um
presente que ganhei quando tinha por volta de 10 anos de idade. Foi um radinho
de pilha, que me acompanhou por muito tempo. Escutei centenas de jogos do Vasco
─ sim, centenas: a TV ainda não se pretendia tão onipresente ─ por intermédio do
pequeno artefato azul, de cuja marca não me lembro ao certo. Parceiro de
derrotas pungentes, empates de toda sorte e vitórias redentoras, esse rádio me
fez amigo íntimo do Garotinho José Carlos Araújo, do Apolinho Washington
Rodrigues, do mestre Luiz Mendes e de tantas outras feras do jornalismo
esportivo, alegrando-me as longas e inolvidáveis tardes de “Enquanto a Bola Não Rola” e as serenas noites de “Panorama Esportivo”. Não poderia ter havido para mim
jeito melhor de entreter o fim da infância e o avanço da adolescência. Expresso
a minha mais profunda e terna gratidão à pessoa especialíssima que me deu esse
radinho de pilha azul, e aqui começa a parte mais importante deste texto.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Foi minha avó Wanilda que me deu o
pequeno rádio, e não consigo evitar, neste momento, que as lágrimas inundem o
teclado do computador. Minha <i>ovó</i>,
como eu costumava chamá-la, faleceu anteontem à noite, em casa. Não deu tempo
de eu contar a ela o pensamento que tive sobre um dos mais singelos e bonitos
presentes que já recebi. Com sua sabedoria simples e seu amor incondicional à
família, Wanilda teve a sensibilidade de perceber que o neto estava começando a
se interessar muito pelas partidas de futebol. Então, com o magro dinheirinho
da pensão de meu avô, empreendeu a sublime e generosa iniciativa.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Não
pude, <i>ovó</i>, dizer-te isso, e me
martirizo pela falha. Tento repará-la agora com este texto. Saiba que, a cada
jogo do Vasco, meus gritos de gol reverberarão até chegarem aí a você, na forma
de um beijo. <o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-78823407384661300992016-02-01T08:56:00.001-08:002016-02-02T05:17:09.445-08:00Temporal atemporal<div style="text-align: center;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";">No ano 2000, Romário fez gols aos
cântaros</span></b><br />
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Quando um craque do futebol celebra
uma data redonda, chovem dados e análises a respeito do que ele fez com ela, a
redonda. Foi assim na última sexta, quando Romário completou cinquenta anos.
Mas está redondamente enganado quem supõe que o aguaceiro de estatísticas e
historietas esgota o assunto, explorando-o por inteiro. Na minha mal-ajambrada sombrinha,
não pingou nada sobre uma incrível marca atingida no ano 2000: 72 gols em jogos
oficiais. Àquela altura, somente Gerd Müller (85 gols em 1972) e Pelé (75 gols
em 1958) tinham números superiores. Ao marcar torrenciais 91 gols em 2012, Lionel
Messi superou todas essas performances.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Hoje Romário é, portanto, o número 4
de uma lista respeitabilíssima, algo digno de ser lembrado em suas “bodas de
filó”. O toró de gols no ano 2000 foi mesmo espantoso. Um dilúvio que acompanhei
atentamente, dada a intensidade abismal que a virada do milênio teve para os
vascaínos. <o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Ao todo, como já dissemos, o genial
centroavante foi às redes 72 vezes. Cheguei a esse número por meio de pesquisa
própria, já que fontes diversas forneciam informações conflitantes. No
estadual, Romário anotou 19 gols, tendo sido o artilheiro do certame. Antes do
carioca, já havia feito 12 no Torneio Rio-São Paulo e 3 no Mundial Interclubes.
Na Copa do Brasil, o Vasco, precocemente eliminado, contou com apenas 1 gol de
Romário. Na Mercosul, foram 11, e, no Brasileirão, 19. Pela seleção, 7 tentos,
quatro deles contra a Venezuela, fora de casa, ocasião em que Juninho
Pernambucano, Juninho Paulista e Euller, colegas de uma estupenda linha de
frente cruzmaltina, também foram titulares. Os amistosos, ressalto, estão fora
da conta.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Um dos meus três ou quatro leitores
(quatro se eu conseguir obrigar minha esposa a ler isto) pode contestar os 19
gols da Copa João Havelange, no que estaria absolutamente correto: foram 20. Todavia,
o segundo jogo da final contra o São Caetano só aconteceu em janeiro de 2001,
fato que exclui da soma o gol de Romário nesse jogo.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Mais impressionante do que o altíssimo
índice pluviométrico do Baixinho em 2000 foi a idade com que ele executou a
façanha. Seu ano mais chuvoso não veio nos tempos de menino lépido nem no auge
em Barcelona, mas já com 34 anos. A explicação talvez resida, em parte, na fantástica
parceria com Euller. Se Bebeto foi a bola-metade de Romário, Euller foi uma
espécie de segundo casamento, da chuva com o vento.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , "serif";"> Numa semana em que tanto se falou
sobre o artilheiro carioca e cinquentão, não ouvi nenhuma menção a uma de suas mais
impressionantes marcas. Será que não se lembram do temporal de gols em 2000?
Esquisito. Meus três leitores (minha esposa desistiu no primeiro parágrafo),
pelo menos, carregarão consigo a memória dessa proeza atemporal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-8831341160210397992015-02-13T17:48:00.001-08:002015-02-14T17:04:41.382-08:00O recado dos Atléticos<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Recuperados após tempos
inglórios, dois clubes homônimos enviam mensagem de esperança a torcedores do
mundo inteiro<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Em suas existências, as torcidas de
clubes de futebol podem passar por épocas de sofrimento e privação. Trata-se de
uma mazela inerente à prática de torcer, que o indivíduo só suporta porque
combina consigo mesmo que, um dia, a redenção virá, e que toda aquela dor será
purgada numa catarse sem precedentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Em casos extremos, o torcedor nem
consegue sobreviver à chegada do dia da vingança. Os anos de espera se
multiplicam, o sujeito morre e aquele triunfo (não um estadualzinho qualquer ou
uma copa meia-boca, mas AQUELE triunfo) vira uma possível herança para os
filhos. Ou para os netos – veja-se o martírio do Schalke 04, com seus 57 anos
de jejum no campeonato alemão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Quando a desforra não precisa chegar
ao ponto de virar item de testamento, experimenta-se uma sensação fantástica,
misto de paz, alívio e contentamento. O orgulho redivivo ecoa em gritos
primais. Fica parecendo que existe justiça no mundo. As coisas voltam para os
seus lugares. O que não fazia sentido ganha explicações belas e inesperadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Nick Hornby descreve esse sentimento
no clássico “Febre de Bola”. Ele conta que saiu correndo de casa, “com os braços
abertos, feito um garotinho brincando de avião”, quando o Arsenal venceu o campeonato
da temporada 1988/89. O título anterior acontecera em 1971, e Hornby não se
lembra de outra coisa pela qual tivesse esperado tanto em sua vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Se o ano de 1971 foi bom para os
Gunners, também o foi para o Galo. No primeiro Campeonato Brasileiro da
história – desconsiderando-se, claro, a tosca unificação proposta pela CBF −,
os comandados de Telê se sagraram campeões nacionais. Por alguma espécie de
revide do destino, o Atlético teve de esperar muito – bem mais que o Arsenal de
Hornby – por outra conquista realmente grandiosa (a Copa Conmebol nunca gozou
de muito prestígio, por isso não a levaremos em conta na abordagem do jejum
atleticano).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> No transcurso das quatro décadas de agonia,
houve muitos “quases” para o Galo, como os Brasileiros de 75, 77, 80, 83, 85,
86, 87, 94, 96, 99, 2001, 2009 e 2012. Estar tão perto do messias – o caneco
redentor – mas não conseguir tocá-lo tende a ser um revés muito mais sofrido do
que ficar flanando pelo meio da tabela. “Quando haverá chance semelhante? Como
empreender tamanho esforço outra vez?”, pergunta a si próprio o torcedor,
nessas situações. São questionamentos que remetem a Sísifo, personagem da
mitologia grega cuja sina consistia em carregar repetidamente uma pesada pedra
até o cume de uma montanha, já que ela sempre caía após a extenuante tarefa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Além de sonhos frustrados, os anos
de seca reservaram ao atleticano algumas humilhações bem doídas, como ver o
rival ganhar duas Libertadores, três Copas do Brasil e um Brasileiro, passar o
ano de 2005 na Série B e ficar doze clássicos seguidos sem vencer o Cruzeiro,
entre 2007 e 2009 (com direito a dois 0x5 no caminho). Houve, ainda, o tétrico vexame
do 6x1 no dérbi da última rodada do Brasileirão de 2011, que deu de presente ao
inimigo azul a permanência na Série A.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Na primeira década deste século, o
desgaste provocado pelo acúmulo de fracassos em momentos decisivos e pela
sucessão de campanhas medíocres levou o Atlético Mineiro a perder um pouco o
seu poder de intimidação. E, quando um emblema tradicional como o Galo deixa de
ser temido, o torcedor imagina, apavorado, que se trata de um caminho sem
volta. A opinião pública se apressa em atirar o grande no lodaçal dos times
médios, aqueles que não têm o direito de cobiçar taças expressivas.
Irreversivelmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> O problema é que, vez por outra, o
futebol desautoriza essas sentenças categóricas. Veja-se o caso de outro imenso
CAM, o Club Atlético de Madrid. A temporada 2011/12 terminou com o Real Madrid
campeão. Do alto de seus 100 pontos, os Merengues nem enxergavam o vizinho
pobre, que havia conseguido míseros 56. Faz pouco tempo, mas era praticamente
consensual que os ricaços Real e Barcelona dominariam a liga <i>ad eternum</i>. O precipitado decreto
ignorou a capacidade de soerguimento de um gigante que desde 1999 não conseguia
vencer um dérbi sequer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Passar quase 5000 dias sem derrotar
o poderoso rival – o tabu foi quebrado na final da Copa do Rei 2012/2013 – foi
duro para os torcedores colchoneros. Assim como não deve ter sido muito legal
ficar tomando uma cacetada anual do Barcelona da Era Messi (6x0 em 2007, 6x1 em
2008, 5x2 em 2009, pausa em 2010, 5x0 em 2011 e 4x1 em 2012). Nos anos
anteriores ao ápice do gênio argentino, as pancadas do Barça não eram
periódicas, mas a pasmaceira na tabela, sim: de 1997/98 a 2006/07, o Atlético
se acostumou a terminar o campeonato nas imediações do 10ª lugar, chegando
mesmo a, numa derrapada mais sinistra, cair para a segunda divisão e ficar duas
temporadas (2000/01 e 2001/02) por lá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Como se vê, os dois Atléticos, o
mineiro e o madrilenho, têm muito em comum: o declínio no início do século, a
dor do único rebaixamento, o momentâneo complexo de inferioridade em relação ao
arquirrival e, <i>last but not least</i>, a extasiante
redenção. A do Galo teve início com o ótimo desempenho no Brasileirão de 2012;
o vice, porém, invocou o espectro da impotência em retas finais. O fantasma só
viria a ser caçado no ano seguinte<i>,</i>
com a conquista da Libertadores. O milagre do pênalti perdido pelo Tijuana
(“Defendeu Victor! Defendeu Victor! Defendeu Victor!”, berra até agora o
narrador Pequetito, da Rádio Globo BH) e o chocolate no São Paulo – algoz de 77
– foram cerejas do bolo de uma grande massa preta e branca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ainda faltavam, no entanto, alguns
ingredientes. A Copa do Brasil de 2014 acrescentou-os, sem economia. O modo
como o Galo espezinhou Corinthians, Flamengo e Cruzeiro no certame constituiu o
maior enredo de vinganças em série desde “O Conde de Monte Cristo”, obra do
século XIX escrita por Alexandre Kalil, digo, Dumas. A virada apoteótica frente
ao time paulista devolveu com juros as quedas nos Brasileiros de 90, 94, 99 e
2002, e a delirante reprise diante do Flamengo foi o troco exato, nos mínimos
centavos, para os traumas de 80, 81 (Libertadores... Wright?), 87 e 2009 (a
derrota dentro de casa na 34ª rodada do Brasileiro derrubou o Galo, que
aspirava ao título).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Vale ressaltar que a epopeia
atleticana na Copa do Brasil ocorre numa época em que a divisão desigual de
cotas de TV dá a Corinthians e Flamengo grande vantagem pecuniária sobre
quaisquer times brasileiros. Esse mesmo tipo de obstáculo, porém num grau mais
elevado, teve de ser superado pelo Atlético de Madrid, já que, na Espanha, a
disparidade entre o montante destinado à dupla Real/Barça e o que sobra para os
demais clubes infla o desequilíbrio há mais tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> O descompasso financeiro só realça o
heroísmo da equipe <i>rojiblanca</i>, campeã
da Liga, deixando Barcelona e Real para trás, e vice da Champions League em
2013/14. Caiu para o Real, é verdade, mas quem podia imaginar, três anos antes,
que o inofensivo Atlético, de orçamento risível se comparado ao do primo rico, eliminaria
Milan, Barcelona e Chelsea, alcançaria a final contra o tal primo e a controlaria
até os 48 do 2º tempo? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Tal como o homônimo de Minas, o
Atlético de Madrid completou sua vendeta tomando conta do clássico citadino. O
Real não conseguiu ganhar, no tempo normal, nenhum dos últimos oito confrontos,
e o mais recente terminou como nos sonhos que os colchoneros tinham naquelas
5000 noites do antigo tabu: com um implacável 4 a 0. Coincidentemente, o Galo
detém hoje a mesma marca no duelo local: oito jogos de invencibilidade.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Enquanto assistem a essas incríveis
jornadas através da ruína e com destino à glória, torcedores apaixonados de
todo o planeta, principalmente os de times que parecem estar sofrendo uma
diminuição de tamanho, talvez percebam que fases ruins são coisas do futebol, e
que, se nelas faltam vitórias, também sobram sonhos, nascem forças, moldam-se
personalidades, lapidam-se amizades, compartilham-se ricas experiências. Isso
enobrece a busca da redenção e enche o futebol de vida. Os Atléticos que o
digam.<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-35135078000556651382015-02-06T06:35:00.002-08:002015-02-06T06:37:30.958-08:00Perto da meta<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b>Luís
Fabiano está a 43 gols de fazer o que ninguém consegue há mais de 30 anos: assumir
o posto de maior artilheiro de um clube grande do Brasil</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Sim, você já deve saber que, no
último domingo, Luís Fabiano marcou seu ducentésimo gol com a camisa do São
Paulo. Também é bem provável que você tenha a informação de que Serginho
Chulapa, com 242 gols marcados pelo tricolor, pode ser alcançado pelo “Fabuloso”.
Mas talvez você não tenha atinado com um detalhe que torna mais especial a
escalada do centroavante rumo ao topo da artilharia são-paulina: faz mais de 30
anos a última vez em que o goleador número 1 de um gigante brasileiro foi
destronado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Aconteceu precisamente em 12 de junho
de 1983. Diante de 9.909 espectadores no Parque do Sabiá (público bastante sugestivo),
Reinaldo fez dois contra o Uberlândia e ultrapassou Dario. Naquele domingo, o maior
ídolo da história do Galo chegou a 213 gols pelo clube. Ele fecharia a conta
com 255. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Marcas históricas vinham sendo
batidas com frequência nessa época. Serginho havia superado Gino Orlando em
1982, seu último ano trajando a camisa do São Paulo. Em 1979, Zico e Roberto
Dinamite, duas máquinas de botar bola na rede, bateram Dida e Ademir Menezes,
respectivamente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Os outros distintos membros do clube
− Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos), Waldo (Fluminense), Quarentinha (Botafogo),
Alcindo (Grêmio), Cláudio (Corinthians), Carlitos (Inter) e Heitor (Palmeiras) –
associaram-se em tempos ainda mais remotos, que vão do início da década de 70,
quando Tostão deixou Niginho para trás, até a era pré-profissionalismo, na qual
o palestrino Heitor construiu sua marca de 327 tentos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Nas últimas décadas, o aumento da
rotatividade nos times brasileiros e a explosão de transferências para o
exterior minaram as possibilidades de novos recordes. Já na Europa, bem menos
afetada por esses males, o revezamento no ponto mais alto da artilharia seguiu
seu curso natural; se ainda há, no seleto rol, monstros do passado como Gerd
Müller (Bayern), Giuseppe Meazza (Inter) e Gunnar Nordahl (Milan), há
igualmente figuras hodiernas como Henry (Arsenal), Del Piero (Juventus) e Messi
(Barcelona). Em alguns tradicionais emblemas do Velho Continente, o processo
sucessório está em pleno andamento: Cristiano Ronaldo (289 gols pelo Real
Madrid) vai acabar tomando o cetro de Raúl (323), e Rooney (224 gols pelo
Manchester United) deve sobrepujar Bobby Charlton (249).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> No Brasil, a expectativa de “transição
no poder” se restringe ao São Paulo, mesmo. Não tivesse sofrido tantas lesões,
Fred, no Fluminense desde 2009 (anotou 142 gols desde então), poderia estar no
encalço de Waldo (319). As longas ausências tornaram a tarefa quase impossível.
Nos outros grandes clubes brasileiros, os reinados tendem a permanecer como
estão por um bom tempo. Não há nem sombra de uma leve ameaça.</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Tudo isso enobrece a missão de Luís
Fabiano. Ainda faltam 43 gols e, portanto, não vai ser fácil, mas o fato de
estar desbravando um território inexplorado há 32 anos é valoroso por si só.<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-86214221479357352202014-07-12T09:35:00.001-07:002014-07-12T09:36:02.097-07:00Marcelo, o elo<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Entre os técnicos brasileiros, o
cruzeirense seria a melhor escolha para o atual cenário<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Será que, depois do murro que deixou
o futebol brasileiro sem sentidos, ainda haverá quem defenda a tese de que
apenas o resultado tem relevância? O título de 2002, conquistado com um time
que também tinha um estranho vazio no meio-campo – mas que, com sorte, clima de
família, atacantes portentosos, laterais fortes e adversários medíocres, acabou
levantando a taça – havia deixado a impressão de que o caminho do minimalismo
era cômodo e suficiente. Por que convocar Alex e Juninho Pernambucano e ter o
trabalho de arquitetar um jogo mais engenhoso, se a vitória podia vir com
voluntariosos cabeças-de-área e jogadas epifânicas do poderoso ataque? O êxito
na Ásia fermentou em demasia a receita do pragmatismo absoluto. Se vencíamos
daquele jeito, devia estar tudo certo por aqui. Calendário? Base? Regulamentos?
Presença nos estádios? Estudos táticos? Patacoadas. Somos malandros, sabemos
como fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Foi necessário tomar uma pancada
traumatizante. De outra forma, qualquer reflexão mais profunda seria sufocada
pelo velho discurso prepotente. Em meia hora, a seleção alemã exprimiu, na
linguagem dos gols, o que pessoas sérias, que amam de verdade o futebol, já
vinham dizendo há tempos. A diferença é que os sete tentos entraram em todos os
lares do Brasil. Pregaram um evangelho que muitos ainda não tinham podido ouvir.
Sem versão repaginada, sem filtro global, sem campanhas patrocinadas, sem o
alarido dos continuístas, sem o teatro mambembe das coletivas, sem o sono que
confunde a mente no segundo tempo do jogo pós-novela. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Para alguns, o aniquilamento que se
viu no Mineirão não foi o bastante. A CBF, por exemplo, acena com a possível
manutenção da comissão técnica da seleção. Talvez a cavalar dose de absurdo
contida nesse posicionamento advenha justamente da patente necessidade de
mudança − se aceita a obviedade ululante, a entidade avaliza o clamor por uma
reestruturação cujo principal alvo seria ela própria. Então, melhor fingir que
não entendeu o que se passou. Está tudo bem. Temos os melhores jogadores. Um
técnico vencedor, rei do mata-mata. Estaduais invariavelmente aprovados pelos
presidentes das federações. Árbitros preparados, estádios confortáveis. Um
reles resultado adverso não pode estragar um trabalho de anos e anos. Muitos
anos. Décadas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Ainda não dá para saber se tal
cinismo prevalecerá ou se as pressões da opinião pública demoverão os
detentores do poder. No segundo caso, as discussões acerca do perfil de quem
deve assumir a seleção têm espaço importante na pauta de reformulações. Já
passou da hora de o Brasil voltar a praticar, num Mundial, o que dele se
espera: um futebol envolvente e contagiante, munido de recursos diversificados,
apuro tático, criatividade, fluidez. Portanto, a escolha de um novo técnico
deve se coadunar com essa necessidade. A gente não quer só taça erguida. A
gente quer taça erguida, fruição e arte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Apesar dos recentes títulos de
Brasileiro, Libertadores e Mundial, credenciais significativas para um
postulante ao cobiçado cargo, Tite não parece ser o homem talhado para fazer
uma equipe jogar um futebol vistoso, com pitadas de encantamento. Muricy
Ramalho e Abel Braga também têm boas coleções de conquistas, mas esbarram na
mesma limitação. O problema de Luxemburgo é distinto: alguns dos times por ele
comandados encheram os olhos, como convém aos grandes esquadrões, mas o elixir
que ele fabricava escorreu por algum ralo há cerca de 10 anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Descartados os figurões do ofício,
sobram a alternativa estrangeira ou a aposta em um nome menos badalado do
circuito nacional. A primeira opção entre os forasteiros seria, claro,
Guardiola, mas talvez ele não deseje abandonar o Bayern a curto prazo, e a
questão é urgente (para todo o país, menos a CBF). Afora Pep, não haveria
tantas soluções vindas do exterior. Embora Mourinho pudesse causar impacto, o
tipo de jogo por ele proposto não satisfaria a sede de fascínio do brasileiro
que realmente gosta de futebol. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Entre os técnicos brasileiros sem
tanta grife, Marcelo Oliveira preenche as exigências do atual momento
histórico. Ele poderia ser o elo entre a intimidade com o futebol moderno e a
estima pela magia do passado. Magia presente num certo <a href="http://www.youtube.com/watch?v=Fyjt_hkc17o">Brasil 8x0 Bolívia de 14 de
julho de 1977</a>, que qualificou a seleção para a Copa do ano seguinte. Essa
foi a mais importante das sete partidas de Marcelo pela seleção, e ele assinalou
o último gol. A assistência foi de Reinaldo, de calcanhar. O atual técnico do
Cruzeiro acabou não sendo chamado para o Mundial da Argentina. Vejamos por que
ele atende aos requisitos para ir ao da Rússia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1- Marcelo sabe
selecionar<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">As convocações das últimas Copas
foram bem problemáticas. Este já é o segundo Mundial seguido em que o técnico
olha para o banco e fica desolado. No Cruzeiro, a situação é oposta: Marcelo
encontra entre os reservas um farto rol de substitutos à altura dos titulares.
Isso se dá graças à sua habilidade para indicar contratações. Enquanto outros
técnicos incham o elenco apontando vários medalhões decadentes que, depois de poucos
meses sem brilho, ficam encostados, Marcelo consegue, com o olho clínico de
quem trabalhou em categorias de base, prover ao time as peças certas. Ricardo
Goulart, Éverton Ribeiro e William, que se entenderam muito bem em 2013, são
ótimos exemplos disso. Os três se revezaram com os veteranos Dagoberto, Borges
e Júlio Baptista, numa mescla equilibrada que proporcionou ao Cruzeiro seu mais
importante troféu recente. É simples: selecionador precisa saber selecionar. E Marcelo
sabe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2- Marcelo é sereno<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Chega de treinadores
beligerantes. As entrevistas coletivas se transformam em combates verbais
repletos de estocadas, alfinetadas, ironias e desconfiança mútua. A seleção
anseia por um técnico que não necessite de inimigos. Nem na imprensa, nem na
arbitragem. Um técnico que poupe suas energias para criar estratégias, examinar
os oponentes, incrementar o jogo de sua equipe. Marcelo se encaixa nesse
perfil. Seus depoimentos, mesmo em circunstâncias estressantes, costumam ser tranquilos
e lúcidos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">3- Marcelo aprecia o
futebol bem jogado<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">“Nosso time é calculista, mesmo”, disse Muricy ao
fim de Botafogo 0x2 São Paulo, partida crucial do Campeonato Brasileiro de
2007. Era o auge do Muricybol, “método” vencedor e chatíssimo. O Corinthians de
Tite e o Fluminense de Abel também não eram agradáveis de se ver. A medonha
inclinação dos campeões brasileiros para um futebol feioso deu uma pausa no ano
passado, quando o Cruzeiro, sob a batuta de Marcelo Oliveira, fez exibições
empolgantes. Das 20 equipes da Série A de 2014, a da Raposa é talvez a única
que não fica refém da correria ou do chuveirinho, pois se sente à vontade para
tabelar pelo meio e cria espaços para o arremate de longa distância. Marcelo
valoriza o casamento de estilos individuais, e o que se vê em campo é um
conjunto entrosado, harmonioso. O Coritiba de 2011 também contava com essas
valências.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">4- Marcelo aplicou
6 em Felipão<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Na Copa do Brasil de 2011, o Coxa esmagou o
Palmeiras, no Couto Pereira. Quatro gols no primeiro tempo e mais dois no
segundo decretaram a segunda pior derrota de Scolari em sua carreira de
treinador.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">5- Marcelo está em
alta</span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Futebol é momento, diz o axioma.
Assim como os jogadores, técnicos têm fases. Em 2010, Dorival Júnior vinha de
trabalhos bem-sucedidos em grandes clubes e montou um Santos cintilante. Fazia
sentido, à época, cogitá-lo para a seleção. Ele estava com confiança. Hoje, ninguém
pensaria em indicá-lo. Marcelo Oliveira está em alta há alguns anos. Deve-se
aproveitar a fase boa de um técnico competente. É mais sensato do que pinçar um
novato com fama (como Falcão e Dunga) ou jogar as fichas num expoente
ultrapassado. <o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-31991121364280293062014-07-09T17:41:00.001-07:002014-07-09T19:05:59.249-07:00Amanhã não é 23<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><strong>Felipão
fala em “12, 13, 14”, mas a verdade é que, dos 23 jogadores por ele convocados,
pouquíssimos deverão atuar no Mundial de 2018<o:p></o:p></strong></span></div>
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Felipão deu pistas, na entrevista
coletiva de hoje à tarde, de que acalenta a esperança de dirigir a seleção em
mais um Mundial. Seria um contrassenso. Por muito menos, vários outros
treinadores de seleção foram demitidos. Mas digamos que a CBF, afeita a ideias
descabidas, comprasse o sonho. Teria o “gaúcho de bigode”, como diz a
propaganda de um refrigerante, coragem de levar, para o Mundial da Rússia, a
base do time humilhado em 2014?<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Crê-se que não, apesar de ele
próprio ter preconizado que 12, 13 ou 14 atletas do atual plantel estarão na
próxima Copa. E, se houver mudança no comando – essa é a consequência normal
para a calamitosa derrota de ontem −, fica ainda mais forte o pendor para
mudanças substanciais no grupo de jogadores. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Leia, abaixo, análises sobre as
perspectivas dos 23 escolhidos de Felipão quanto à disputa da Copa de 2018. Os
que vêm acompanhados de um NÃO parecem cartas fora do baralho. DIFICILMENTE,
POSSIVELMENTE, PROVAVELMENTE e SIM são os outros graus da escala estabelecida. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>É importante salientar que a
avaliação aqui realizada tomou como certa a substituição no cargo de treinador.
Adiantamos que há apenas um SIM e um PROVAVELMENTE na lista. Há quatro ocorrências
de DIFICILMENTE, seis de POSSIVELMENTE e onze de NÃO.<o:p></o:p></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Júlio César - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
ciclo do titular brasileiro em duas Copas acabou. Carreira clubística decadente
e idade pesam, mas a certeza do fim da linha também vem do fardo emocional que
ele insiste em carregar. Tentou livrar-se dele após o heroísmo contra o Chile,
mas o desabafo acabou se revelando precipitado.<o:p></o:p></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Victor -
DIFICILMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Disse,
antes da Copa, que a geração atual de goleiros brasileiros é a melhor de toda a
história. A geração anterior a esta contou com Marcos, Dida e Ceni. Não deve ir
à Rússia.<o:p></o:p></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jefferson -
POSSIVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Embora
seja um bom goleiro, nunca foi aposta unânime para a baliza brasileira. Sua
continuidade na seleção dependerá das predileções do novo técnico e dos rumos
profissionais. Chances moderadas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Maicon - NÃO<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Estará
com 36 anos no próximo Mundial. Para um lateral cujas virtudes dependem do
vigor físico, 2018 parece ser um horizonte inalcançável. Além disso, há também
o desgaste de dois fracassos em Copas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Daniel Alves - NÃO<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Barrado
no transcurso da competição e em queda técnica, é outro veterano que não será
aproveitado no próximo Mundial. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Marcelo -
DIFICILMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Reserva
no Real Madrid, o habilidoso Marcelo fez uma Copa com a cara de sua trajetória:
um tanto irregular. Apesar da juventude (contará apenas 30 anos em 2018), é
nome quase descartado num ambiente que anseia por renovação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Maxwell – NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A
crise na lateral esquerda é mundial, tanto que o limitadíssimo Höwedes ocupa a
posição na forte equipe alemã. A presença de Maxwell na Copa também exemplifica
a carência. Talvez nunca mais volte a ser convocado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Thiago Silva -
POSSIVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
fato de não ter participado da tragédia no Mineirão reforça sua natural
candidatura a 2018. Por outro lado, o capitão foi, em determinado momento do
certame, o símbolo da fragilidade emocional do grupo. O choro pode respingar em
seu futuro na seleção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">David Luiz - POSSIVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Imediatamente
após a hecatombe, declarou que ainda almeja ganhar uma Copa. Terá 31 anos em
2018. Destacou-se em algumas partidas do Mundial, mas a imagem tão
profundamente vinculada a esta sofrida campanha em casa pode minar seu caminho.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Dante - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O
vídeo dos gols da fatídica semifinal, que será reproduzido à exaustão por muito
tempo, mostra Dante desnorteado, correndo a esmo. As cenas, ao contrário de o
condenarem, absolvem-no de não ter tentado reagir. O beque do Bayern não teve
culpa alguma, mas não é mais um garoto e deve deixar a seleção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Henrique - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Homem
de confiança de um técnico que não deve permanecer no cargo. Foi um dos poucos
nomes questionados numa convocação estranhamente “consensual”. Quase nenhuma
chance de ir à Rússia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Paulinho -
POSSIVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Um
dos mais complicados prognósticos. Claudicante em sua temporada de estreia na
Europa e em sua primeira Copa, o ídolo corintiano tem potencial e idade para
chegar com fôlego a 2018. Saiu do Mineirão com ferimentos leves, pois não atuou
no cataclísmico primeiro tempo.<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><o:p></o:p></b></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Luiz Gustavo -
DIFICILMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Pertence
a uma linhagem de volantes que, depois do fiasco histórico, deve perder espaço
para meias capazes de marcar e organizar o jogo, como os algozes
Schweinsteiger, Khedira, Kroos e Özil. Ainda assim, performances bastante
dignas em alguns jogos desta Copa podem assegurar-lhe mais jogos pela seleção.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ramires -
POSSIVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Não
foi titular com Felipão, e isso pode se tornar uma vantagem na concorrência a
uma das vagas para 2018. Terá 31 anos e, se ainda estiver rendendo bem num
grande clube europeu, poderá ser, na Rússia, um dos poucos brasileiros com dois
Mundiais na bagagem.</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hernanes -
POSSIVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Situação
similar à de Ramires. Transferiu-se recentemente para a Inter de Milão, continua
evoluindo na carreira. É um dos poucos meio-campistas brasileiros que reúnem
faculdades equiparáveis às dos alemães. Estará com 33 anos na próxima Copa.</span><br />
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Fernandinho - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Os
erros individuais do meia do Manchester City contra a Alemanha não explicam a
goleada, nem anulam suas boas exibições diante de Camarões e Colômbia. Mas,
como foi sacado depois da pior primeira etapa da história da seleção, tende a
ficar uns tempos distante dela.<o:p></o:p></span></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hulk - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Demonstrou
muito arrojo e pouca eficácia nesta Copa. Só irá à Rússia se alguém elaborar a
teoria de que ter jogado num clube do gélido país pode facilitar o desempenho
no Mundial a ser realizado lá.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Oscar -
PROVAVELMENTE<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Excetuando-se
o jogo contra a Croácia, não brilhou no Brasil, porém mostrou um nível de comprometimento
que costuma agradar aos técnicos. É bastante jovem, fez dois gols neste Mundial
e exibiu capacidade para disputar outros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Willian - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ele
não sabe muito bem quem é Amarildo. Infelizmente, o desconhecimento da História
do futebol é comum entre jogadores brasileiros. Talvez por isso William não
tenha feito história nesta Copa. Palpite, valendo um guaraná: não joga em 2018.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Neymar - SIM<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Único
personagem de 2014 que pode aguardar, sem receio, as cenas do próximo capítulo.
Nome garantido para toda a longa jornada até o Mundial da Rússia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bernard - DIFICILMENTE<o:p></o:p></span></b><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Bom
atacante que cumpriu um ótimo biênio 2012/13 pelo Galo, precisa se afirmar no
futebol europeu e superar a traumática derrota no familiar Mineirão. Caso
contrário, não aparecerá no álbum em 2018.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Jô - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uma
das escolhas equivocadas da convocação de Scolari. Estará certamente fora da
órbita do treinador incumbido de comandar a seleção nos anos vindouros.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Fred - NÃO<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Numa
<a href="http://oglobo.globo.com/esportes/fred-sobre-copa-estamos-prontos-para-curar-ferida-12593600"><span style="color: #0563c1;">entrevista
concedida ao jornal O Globo</span></a>, no fim de maio, Fred esbanjava otimismo. Nada,
entretanto, saiu conforme o esperado. É provável que não volte a ser chamado.<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-75630521605107974662014-07-08T16:07:00.001-07:002014-07-10T06:35:22.636-07:00Três pequenos comentários sobre o vexame<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1-
Felipão está na entrevista coletiva. O treinador afirma que a Alemanha passou,
nas últimas duas Copas, por experiências equivalentes à que o Brasil vivencia agora. Quer dar a
entender que a derrota pode ser o primeiro passo para uma eventual redenção
daqui a quatro anos. A analogia me parece imperfeita. Em 2010, a Alemanha bateu Inglaterra e
Argentina nas oitavas e nas quartas, respectivamente, com goleadas estupendas.
Já o Brasil superou, nas mesmas fases de 2014, Chile e Colômbia, mas jogando mal, fazendo parcos gols com a ajuda da bola parada. Os fracassos recentes da Alemanha foram
muito diferentes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2-
Se, em 1994, havia imensa ansiedade por título, já que o Brasil não ganhava uma
Copa desde 1970, a ansiedade agora é outra. O jejum de taças não é tão grande,
mas a ausência de bom futebol em Copas é longa e estarrecedora. O futebol
brasileiro anseia pela antiga magia a que Schweinsteiger fizera menção dois
dias antes da partida. Em 90, 94, 98, 2002, 2006, 2010 e 2014, não houve
plateias embevecidas com o escrete canarinho. Houve, sim, muita gente obcecada
por engordar o seu currículo, enfeitar seu portfólio, condecorar seu mandato, fosse
como fosse. Enquanto a prioridade não voltar a ser praticar o jogo de forma
virtuosa, não haverá futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">3-
Na Copa Sul-Americana de 2011, a Universidad de Chile esmagou o Flamengo, no
Engenhão, por 4 a 0. Atuação histórica, pondo o rubro-negro na roda. Sampaoli
dirigia a equipe chilena. Luxemburgo era o técnico do Flamengo. Meses depois, o
Barcelona massacrou o Santos na decisão do Mundial de Clubes. Guardiola
nocauteou Muricy. Faltava apenas um dentre os três mais prestigiados técnicos do
Brasil nas últimas décadas levar uma sova histórica de algum adversário
estrangeiro. Não falta mais. O time de Löw destruiu implacavelmente o de
Felipão. <o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-88674929488930988782014-06-20T05:39:00.001-07:002014-06-20T14:53:50.320-07:00Caindo pela tabela<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b>Brasil
pode perder, em casa, honrosa condição que conquistou há 64 anos, também em
casa: a de país com maior número de gols, somadas todas as Copas</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Desde 2006, fazer 4 gols tem sido
algo habitual para a Alemanha em partidas de Copa. Costa Rica, Austrália,
Inglaterra, Argentina e Portugal foram vítimas desse apreciável hobby. Mas, se
repetir a suculenta dose contra Gana, no próximo sábado, a Nationalelf não
estará apenas mantendo sua rotina e testificando seu poderio – estará, também,
tomando para si um nobre posto que pertence ao Brasil há 64 anos. Desde 28
junho de 1950, mais precisamente. Nessa data, a seleção chegou, no empate por 2
a 2 contra a Suíça, no Pacaembu, a seu 26º gol em Mundiais. Foi o segundo gol do
Brasil, anotado por Baltazar, o “Cabecinha de Ouro”, que o pôs à frente da
Itália, em cujo cartel figuravam 25 tentos até então.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Na verdade, os brasileiros já haviam
conseguido superar os italianos nos 4 a 0 da abertura da Copa de 1950, diante
do México, mas não de forma definitiva, já que, com os dois gols da derrota
para a Suécia (3x2), no dia seguinte, a Azzurra recuperou a liderança. Depois
do citado gol de Baltazar, na segunda rodada, não haveria mais volta. A seleção
estufaria as redes outras 16 vezes no torneio, atingiria o total de 42 gols em
Mundiais (5 em 1930, 1 em 1934, 14 em 1938 e 22 em 1950) e não seria mais
ultrapassada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Isso pode mudar no sábado. Com a
goleada que impingiu aos lusitanos, a Alemanha passou a ter 210 gols em Copas,
3 a menos que o Brasil. A aproximação germânica não é inédita: ao fim da Copa
de 1990, o somatório geral mostrava os mesmos 3 gols de diferença (148x145).
Nas três edições seguintes, porém, os ótimos resultados dos escretes de
Parreira, Zagallo e Felipão fariam a distância entre as potências aumentar.
Ronaldo marcou, em cima de Oliver Kahn, na decisão de 2002, o 190º e o 191º
gols tupiniquins. Os rivais, a essa altura, tinham 176.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> De lá para cá, a Alemanha contou com
o ataque mais positivo de duas Copas consecutivas −14 gols em 2006, 16 em 2010
− e estreou em 2014 de forma nada econômica. Embora a quantidade de gols a
separar os dois gigantes já tenha sido, em outras ocasiões, diminuta (além da
já mencionada situação pós-1990, vale aludir ao placar de 110 a 106, registrado
após Alemanha 6x0 México, pelo Mundial de 1978), a ameaça à 1ª posição na
artilharia parece mais séria agora. Há tempos, a seleção alemã tem se revelado
mais organizada do que a brasileira no que diz respeito às ações ofensivas. A duradoura
presença de Joachim Löw na comissão técnica tem relação estreita com o apuro
tático de uma equipe que não para de se renovar, dado o contínuo surgimento de
ótimos valores. Klose (36 anos), Podolski (29), Müller (24) e Götze (22) selam
um feliz casamento de gerações no ataque alemão, que ainda poderia dispor do
preterido Mario Gómez e do contundido Reus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Afobada, dependente de clarões
individuais e pouco inventiva, a dona da casa na Copa de 2014 não parece pronta
para fazer mais gols do que a Alemanha e, de quebra, manter o país na condição
de “topscorer” dos Mundiais. Somente com uma rápida evolução – aliada a uma
provável goleada sobre a fragílima equipe de Camarões −, a projeção pode se
alterar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> É claro que, no jogo de forças do
Mundial de 2014, estatísticas que levam em conta dados de quase um século de
história não provocam interferência alguma no plano da prática. Em
contrapartida, a perda da 1ª colocação no ranking de gols feitos tem grande
relevância no plano simbólico. A tradicional vocação brasileira para o ataque
criativo, para um futebol de dinâmica vistosa e de muitos gols, vem sendo
paulatinamente minada pelo discurso da vitória a qualquer preço. Para os arautos
dessa visão tacanha, só o título fica para a história, não importam os
caminhos. O problema é que, quando o título não vem, não sobra nada. A Alemanha
experimenta o reverso dessa situação. Fracassou nos Mundiais de 2006 e 2010,
mas depositou valores vultosos numa gorda conta futebolística. O investimento a
longo prazo lhe renderá, em 2014, a taça? Não se sabe. Mas pode lhe
proporcionar uma honraria mais modesta neste sábado. Basta seguir o recente
costume de fazer 4 gols.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A contagem de gols, Copa a Copa<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Antes de a Copa de 2014 começar, os
11 países mais bem posicionados quanto ao número de gols feitos eram, nessa
ordem: Brasil (210 gols), Alemanha (206), Itália (126), Argentina (123), França
(96), Espanha (88), Hungria (87), Inglaterra (77), Uruguai (76), Suécia (74) e
Holanda (71). Abaixo, confira como cada um chegou a tais marcas. Ao lado de
cada seleção, está a quantidade de gols no Mundial delimitado. Entre
parênteses, o total de gols em Copas até aquele momento da história. A sigla NP
significa “não participou”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1930 – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O Uruguai foi anfitrião e
campeão, mas a Argentina, que jogou uma partida a mais, teve o ataque mais positivo
e o artilheiro do certame (Guillermo Stábile, 8 gols).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
5 (5)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
18 (18)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
(4)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
15 (15)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1934</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Depois desse Mundial, a
Holanda só voltaria a balançar a rede em 1974. Isso explica sua colocação
apenas mediana na tábua, apesar dos três vice-campeonatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
1 (6)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
11 (11)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
12 (12)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
2 (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
2 (6)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
4 (4)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
5 (5)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
4 (4)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
2 (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1938</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – A bicampeã Itália assume a
ponta. Brasil e Hungria, com a ajuda de Sárosi (5 gols na Copa) e Leônidas (artilheiro
do Mundial com 7 gols), alcançam a Argentina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
14 (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
3 (14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
11 (23)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
NP (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
4 (10)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
NP (4)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
15 (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (0)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
11 (15)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
0 (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1950 – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Embora não contasse com o trio
Gre-no-li (Gren, Gunnar Nordahl e Liedholm), campeão olímpico em 1948, a Suécia
obteve a 3ª colocação na Copa e a 4ª na soma de gols de todos os Mundiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
22 (42)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
NP (14) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
4 (27)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
NP (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
NP (10)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
10 (14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
2 (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
15 (30)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
11 (26)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1954 – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O melhor ataque de uma edição de Copa
pertence à fantástica Hungria de Puskás, Kocsis e Czibor. Também houve profusão
de gols por parte da Alemanha, que venceu os magiares na final. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
8 (50)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
25 (39)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
6 (33)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
NP (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
3 (13)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
NP (14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
27 (47)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
8 (10)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
16 (46)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (26)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1958</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Depois de duas ausências
seguidas, a bicampeã Itália cai para a 7ª posição. Como jamais voltaria a ficar
de fora de um Mundial, hoje ocupa o 3º lugar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
16 (66)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
12 (51)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
NP (33)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
5 (25)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
23 (36)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
NP (14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
7 (54)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
4 (14)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (46)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
12 (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1962</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Momento mais confortável para
a liderança do Brasil, que, com os 30 gols entre 1958 e 1962, ficou com 18 a
mais do que a Hungria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
14 (80)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
4 (55)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
3 (36)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
2 (27)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
NP (36)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
2 (16)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
8 (62)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
5 (19)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
4 (50)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1966</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Não, não nos esquecemos de
Portugal, cujo desempenho ofensivo foi o melhor da Copa (17 gols). Não entra na
lista abaixo porque não está entre os “onze mais” da história.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
4 (84)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
15 (70)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
2 (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
4 (31)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
2 (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
4 (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
8 (70)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
11 (30)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
2 (52)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1970</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Numa das melhores Copas de todos
os tempos, Brasil e Alemanha começam a se distanciar da concorrência. Jairzinho
e Gerd Müller colaboraram bastante para isso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
19 (103)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
17 (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
10 (48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
NP (31)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
NP (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
NP (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (70)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
4 (34)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
4 (56)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
2 (40)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (2)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1974</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Nesta edição, a Polônia ressurgiu
em grande estilo: fez 16 de seus 44 gols na história das Copas. França e
Inglaterra, ambas fora da disputa, foram ultrapassadas pela Argentina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
6 (109)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
13 (100)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
5 (53)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
9 (40)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
NP (38)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
NP (20)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (70)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
NP (34)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
1 (57)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
7 (47)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
15 (17)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1978</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – A Espanha, com sua exígua
quantidade de gols até aqui, está atrás de Tchecoslováquia, Suíça, Iugoslávia,
Áustria, Chile, etc. Depois, quadruplicaria o acervo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
10 (119)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
10 (110)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
9 (62)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
15 (55)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
5 (43)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
2 (22)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
3 (73)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
NP (34)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (57)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
1 (48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
15 (32)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1982</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – A maior goleada das Copas (10
a 1 sobre El Salvador) manteve a Hungria entre os grandes. Mesmo distante dos Mundiais
desde 1986, sustenta a 7ª posição até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
15 (134)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
12 (122)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
12 (74)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
8 (63)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
16 (59)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
4 (26)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
12 (85)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
6 (40)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (57)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (32)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1986</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Entre 1978 e 1986, a geração de
Michel Platini marcou 33 gols e consolidou a dianteira da França em relação a
Uruguai e Suécia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
10 (144)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
8 (130)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
5 (79)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
14 (77)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
12 (71)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
11 (37)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
2 (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
7 (47)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
2 (59)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (48)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (32)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1990 – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Repare como a vice-campeã
Argentina chegou à decisão tendo feito apenas 5 gols na competição. A Holanda,
mesmo com Van Basten e Gullit, não passou de míseros 3 gols.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
4 (148)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
15 (145)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
10 (89)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
5 (82)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
NP (71)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
6 (43)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
8 (55)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
2 (61)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
3 (51)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
3 (35)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1994</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Romênia e Bulgária marcaram 10
gols cada. Mas o melhor ataque da Copa foi o da Suécia, que ficou
momentaneamente à frente de Uruguai e Inglaterra no placar geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
11 (159)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
9 (154)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
8 (97)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
8 (90)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
NP (71)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
10 (53)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
NP (55)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (61)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
15 (66)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
8 (43)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">1998</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Neste Mundial, Itália e
Argentina atingem a marca dos 100 gols e se firmam como postulantes à 3ª colocação.
A briga continua apertada no cenário atual.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
14 (173)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
8 (162)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
8 (105)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
10 (100)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
15 (86)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
8 (61)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
7 (62)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (61)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (66)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
13 (56)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2002</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Embora não tenha encantado o
planeta, o Brasil deu uma disparada. A decepcionante França não conseguiu fazer
gol, adiando a ultrapassagem sobre a Hungria para a edição seguinte.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
18 (191)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
14 (176)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
5 (110)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
2 (102)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
0 (86)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
10 (71)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
6 (68)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
4 (65)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
5 (71)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
NP (43)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2006</span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> – Nas oitavas-de-final, contra
Gana, a seleção do Brasil se tornou a primeira a alcançar 200 gols. No mesmo
embate, Ronaldo assumiu a artilharia isolada dos Mundiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
10 (201)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
14 (190)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
12 (122)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
11 (113)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
9 (95)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
9 (80)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
6 (74)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
NP (65)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
3 (74)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
3 (59)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">2010 – </span></b><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O total de gols da Alemanha desconsidera
a Alemanha Oriental, que participou da Copa de 1974. Portanto, entre os 206
gols da Alemanha estão os da Alemanha Ocidental (até 1990) e os da Alemanha reunificada (de 1994 aos dias
atuais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Brasil
9 (210)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alemanha
16 (206)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Itália
4 (126)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Argentina
10 (123)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">França
1 (96)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Espanha
8 (88)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hungria
NP (87)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Inglaterra
3 (77)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Uruguai
11 (76)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Suécia
NP (74)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Holanda
12 (71)<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-88919872529723178102014-06-15T13:48:00.000-07:002014-06-15T17:19:52.511-07:00Sem Puyol<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b>Tal como
o Barcelona, seleção espanhola sofre com a ausência de seu líder</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Na metade do primeiro tempo de
Espanha x Holanda, a impressão que se tinha era a de que os campeões da Europa
e do mundo massacrariam os comandados de Van Gaal. O velho toque de bola
envolvente, que envenena o adversário, estava em Salvador. O controle, o
domínio, a clarividência, a sincronia: tudo que consolidou o inebriante estilo
da Fúria apareceu naqueles trinta e tantos minutos. Os trinta e tantos anos de
Xavi não o impediram de abrir caminhos na defesa oponente. Iniesta, o esteta (talvez
“Iniesteta” soe melhor), deixava jorrar sua arte na Fonte Nova. Trabalhando em consonância, jogando um futebol gregário e operário, trocando bolas com a
precisão do handebol, os jogadores espanhóis pareciam estar prontos para uma nova aula
sobre o conceito de futebol. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> O gol que David Silva perdeu poderia
ter estendido a (gostosa) sensação de “déjà vu”, ou mesmo decretado
irreversivelmente o triunfo de sua equipe. A derrocada do “tiki-taka” se
tornaria, então, uma mentira, e os fracassos recentes – tanto da seleção quanto
do Barça, sua versão clubística − seriam relativizados. Mas aí vieram o
lançamento cinematográfico de Daley Blind, um mergulho de dublê hollywoodiano
executado por Van Persie e a igualdade no placar. Na segunda etapa, falhas
sucessivas e clamorosas, muito bem exploradas pela Holanda, aniquilaram a
Espanha. Fizeram-na passar por situação vexatória, muito similar à que o
Barcelona havia vivenciado na semifinal da Champions League 2012-13, contra o
Bayern.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Agora, a crise de identidade, que já
vinha dilacerando pelas beiradas as certezas dos últimos seis anos, está
definitivamente instaurada. Fala-se em abandonar o modelo de jogo outrora vitorioso
e, para muitos, cativante. Vários analistas apontam, com razão, o
envelhecimento da espinha dorsal como uma das causas da queda de rendimento − a
contusão do virtuoso Thiago Alcântara, claro, acentuou esse problema. No
entanto, a fluidez do jogo espanhol na primeira parte do embate contra os
holandeses dava indícios de que o sonho ainda não tinha acabado. Mesmo limitada
pela convocação bastante conservadora de Del Bosque, a Espanha mostrou, por
mais de meia hora, que ainda podia dar caldo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Tanto podia que acabou por entorná-lo.
Talvez a equipe tivesse conduzido melhor as coisas se sua retaguarda ainda
estivesse sob a batuta de Carles Puyol. O zagueiro se aposentou em maio, devido
às lesões que o perseguiram nos últimos dois anos. Os longos períodos de
afastamento coincidiram com a decadência do Barcelona e da Fúria, embora esta
ainda tenha conseguido vencer a última Eurocopa sem ele. Mas a grotesca atuação
frente à Argentina em 2010 – 4x1 para os sul-americanos, dois meses após o
êxito na África do Sul −, que não contou com os serviços do beque catalão, já mostrava
que o respeitado exército espanhol sentia o baque da ausência de seu general. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Aliás, nesse amistoso, Reina cometeu,
com os pés, erro muito semelhante ao de Casillas na partida de anteontem. Sem
Puyol, a defesa da Roja soma a indecisão de Ramos aos apagões de Piqué, o que
acaba multiplicando a insegurança do capitão Iker. O produto disso também pôde
ser observado na final da Copa das Confederações. E, no Barcelona, a equação é
a mesma. Basta dizer que Puyol não esteve presente nas duas acachapantes
derrotas (0x4 e 0x3) diante do Bayern em 2013, símbolos do aparente fim de ciclo.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Portanto, quando se diz que “o time
da Espanha é praticamente o mesmo que ganhou a última Copa do Mundo”, a
frase camufla o desfalque crucial. Obviamente, há outras razões – a estratégia manjada,
o outono da carreira de alguns craques – para a fase tempestuosa pela qual
passa a seleção espanhola. Porém, é inegável que a sóbria liderança de Carles
Puyol, reconhecida e admirada pelos companheiros, faz falta. Debaixo dos
caracóis dos seus cabelos, Barça e Fúria sentiam-se mais protegidos.<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-89045326927821641802014-05-30T18:31:00.003-07:002014-05-30T18:35:20.167-07:00"Kloser": perto demais... do recorde!<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><b>Miroslav
Klose não jogou a decisão do 3º lugar em 2010. Não podia ou não quis?</b><o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> </span><span style="font-family: 'Times New Roman', serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Um dos jogos mais descontraídos em
Copas do Mundo é o da disputa pela terceira colocação. Já não há mais a sanha
de apalpar a taça, nem o perigo de passar um grande vexame. As pernas ficam
menos tesas e as mentes, mais frescas. Não é mero fruto do acaso, portanto, a
média exata de 4 gols em partidas desse tipo na história dos Mundiais.
Artilheiros de algumas edições aproveitaram bem a ocasião, isolando-se no honroso
posto ou ampliando a marca. Incluem-se no rol Leônidas da Silva (em 1938, fez 2
de seus 7 gols na decisão do 3º lugar), Fontaine (4 dos 13 em 1958) Eusébio (1
de seus 9 tentos em 66), Lato (1 dos 7 em 74), Schilacci (1 dos 6 em 1990),
Suker (1 dos 6 em 1998), Thomas Müller e Forlán (ambos marcaram em 2010).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Miroslav Klose podia estar nessa
lista. Autor de 4 gols na África do Sul, ele desfalcou a Alemanha no duelo com
os uruguaios, que, seguindo a regra, teve muitos gols – 3 a 2 para os
germânicos. Tivesse entrado em campo, Klose poderia ter alcançado não apenas a
artilharia daquela Copa, mas também a posição mais alta do ranking de
goleadores de todos os Mundiais. Um gol contra o Uruguai o teria posto ao lado
de Ronaldo. Dois o teriam deixado sozinho no topo, com 16. Mas o camisa 11 da
Alemanha ficou no banco.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Segundo consta, a razão da ausência
foi uma gripe. Ou dor nas costas, oriunda, disseram os jornais, da batalha
contra a Espanha. Buscas no google mostram as duas possibilidades, e nenhuma
delas soa convincente o bastante. Afinal, como um centroavante de 32 anos ─ em
sua última Copa, presumivelmente −, próximo de um recorde tão cobiçado,
pertencente por décadas ao estupendo compatriota Gerd Müller, pode deixar uma
gripe estragar tudo? E, se não houve tosse nem coriza (as informações são, como
já se disse, imprecisas), por que a dor lombar não o tirara sequer por um
minuto do jogo frente aos espanhóis?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> A hipótese que se pretende aventar
aqui é a seguinte: Miroslav Klose não desfalcou a Alemanha em seu último
compromisso na Copa de 2010 por motivos médicos, mas sim por vontade própria.
Teria sido conveniente enfrentar o Uruguai e aproveitar o relaxamento inerente
à ocasião para empatar com Ronaldo, talvez superá-lo. “Miro”, no entanto,
preferiu – pura especulação – encarar o desafio de se manter competitivo até
2014.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Caso tenha existido esse ousado
plano, vê-se que acabou dando certo. No Brasil, Klose disporá de alguns jogos
para bater o Fenômeno. Terá, ainda, a chance de atingir outras marcas
importantes, como a de jogador com mais partidas de Copas no currículo: Lothar
Matthäus tem 25, Klose pode chegar a 26. Com qualquer mísero gol, terá balançado
o fundo do barbante em 4 Copas (2002, 2006, 2010 e 2014), igualando-se, assim,
a Pelé e Uwe Seeler, mitos que carimbaram as metas adversárias em 1958, 1962,
1966 e 1970.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"> Embora não passe de conjectura, a “autobarração”
de Klose revela certa sintonia com suas atitudes ao longo da carreira. Não se
trata, portanto, de uma ideia totalmente desprovida de fundamento. À distância,
Klose parece ser um cara que não aprecia a vantagem fácil, a glória sem luta. Em
2005, chegou a pedir ao árbitro de Werder Bremen (time que defendia à época) x
Arminia Bielefeld que voltasse atrás na marcação de um pênalti a seu favor, dizendo-lhe
que o goleiro procurara apenas a bola. Sete anos depois, vestindo as cores da
Lazio num jogo contra o Napoli, outro gesto raríssimo nas canchas: depois de um
escanteio que resultou em gol, Klose correu em direção ao juiz para lhe
confessar o toque de mão. Os atletas napolitanos agradeceram, quase comovidos.
O futebol, também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A conduta do atacante nesses dois
episódios encontra ressonância nos versos de “Dieser Weg”, sua canção predileta
(“Este caminho não será fácil / Este caminho será tortuoso e difícil / Você não
vai estar de acordo com muitos / Mas esta vida oferece muito mais”), e reforça
a teoria de que ele renunciou à bandeja com faca e queijo de 2010. Um jogador
que conhece tão bem o sentido da relação entre mérito e recompensa pode, sim,
sem nenhum autoflagelo, ter exigido de si mesmo um esforço extra, o cumprimento
de um pacto secreto. “Você é um jogador mediano, Miroslav”, teria dito ele a si
próprio. “Para ultrapassar gênios como ‘Der Bomber’ e o Fenômeno, você precisa
merecer mais”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">É claro que isso tudo pode ser
uma grande fantasia. Vai ver que a gripe era das brabas, mesmo. Ou que a dor
nas costas estava realmente incomodando. Quem sabe as duas coisas juntas. Mas
eu prefiro acreditar que Klose não quis fechar a conta em 2010. E que esta vida
lhe oferece muito mais para 2014. Boa Copa, Miro!<o:p></o:p></span></div>
</div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-16498903123592133472013-12-20T12:55:00.000-08:002013-12-20T16:51:13.027-08:00O preço do desprezo<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Quando um clube brasileiro consegue
conquistar o Mundial, muitos têm a impressão de que seu desdém em relação ao
campeonato brasileiro do mesmo ano foi um fator decisivo para o triunfo
planetário. Vira quase consenso a ideia de que priorizar o torneio da Fifa,
abdicando de todo o resto, foi uma estratégia inteligente, muito bem calculada.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Quando, porém, a taça do mundo se
desintegra, constata-se que o tão louvado foco de nada adiantou. A concentração
absoluta não se revela, no fim das contas, um plano infalível. E, então, o
torcedor lamenta todos aqueles meses de amistosos insossos, todas aquelas
possibilidades de êxito doméstico jogadas fora.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">No caso específico do Atlético Mineiro,
derrotado anteontem pelo Raja Casablanca, o vazio do arrependimento é ainda
mais profundo e aterrador. Além de não ter experimentado sequer o sabor de ver
seu time enfrentar o campeão europeu, o torcedor do Galo ainda precisa lidar
com o fato de ter sido o próprio Atlético um dos responsáveis indiretos pela esmagadora
performance do Cruzeiro no Brasileirão – afinal, os comandados de Cuca
formavam, possivelmente, a única equipe capaz de produzir um embate parelho com
o rival na tabela.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Contudo, como se sabe, o Galo não levou
a sério a chance de abocanhar um título que, diga-se de passagem, não obtém
desde 1971. A festança da Libertadores se estendeu em demasia e, mesmo depois
da ressaca, não houve comprometimento com a causa do Brasileirão. Tampouco com
a da Copa do Brasil, cujo caneco não figura no currículo atleticano. O sonho do
Mundial, equivocadamente, eliminou outras ambições, amaciou pressões. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Marrocos era o oásis depois do desértico
segundo semestre. O time estava com crédito até chegar ao vermelho Bayern, que
derrotara o Cruzeiro no Mundial de 1976 e, desta vez, sucumbiria diante da
verdadeira força de Minas ─ assim pensava a grande massa atleticana. Mas, como
vimos, tudo não passou de miragem. Restou a sede de ter vivido mais
intensamente um período que, para o vizinho, foi glorioso.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><strong>Tradição aziaga</strong></span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Antes do Atlético-MG, outros clubes
brasileiros já haviam desperdiçado suculentas fatias de suas temporadas em nome
de uma frustrante bocada de fim de ano. Abaixo, uma lista de bons times que
poderiam ter vencido o Brasileirão em anos nos quais se dedicaram
exclusivamente ao Projeto Tóquio, Marrakech etc.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><strong>VASCO
– 1998<o:p></o:p></strong></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Tão
bom quanto o campeão nacional de 97, o Vasco de 98 poderia, até com certa
facilidade, ter se classificado para as quartas-de-final daquele campeonato
anterior à era dos pontos corridos. E teria, certamente, avançado mais. A
orientação advinda da diretoria, no entanto, era clara: prioridade absoluta
para o embate com o Real Madrid. Quanto maior fosse o tempo de preparação,
melhor. O décimo lugar se encaixou na proposta, mas o jogo do Vasco não
encaixou em Yokohama.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span> </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><strong>PALMEIRAS
– 1999<o:p></o:p></strong></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Pode
um time que aplica, no mesmo campeonato, 6 a 0 sobre o Grêmio e 6 a 0 sobre o
Botafogo ficar ausente da briga pelo troféu? Pode. Em 1999, o Verdão de Felipão
não fez muito esforço para se classificar entre os oito que rumariam para a
segunda fase ─ alcançou, como o Vasco do ano anterior, a décima colocação.
Assim, pôde ficar 20 dias pensando apenas no Manchester United. Talvez tivesse
sido melhor não pensar tanto, já que perdeu para o time de Ferguson e viu o
arquirrival se sagrar campeão brasileiro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span> </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><strong>INTERNACIONAL
– 2010<o:p></o:p></strong></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">O
Inter de Celso Roth estava longe de ser brilhante, mas os outros concorrentes
ao título brasileiro de 2010 também não eram. Com o elenco de que dispunha, podia
ter lutado pela taça. Mas a esperança de bisar o feito de 2006 obnubilou o
ímpeto de vencer no certame caseiro. O Colorado acabou ficando apenas em sétimo
no Brasileirão e, no Mundial, fracassou ante o Mazembe.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><o:p></o:p></span> </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;"><strong>SANTOS
– 2011<o:p></o:p></strong></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 10pt; line-height: 107%;">Em
determinado momento do Brasileirão 2011, os postulantes ao título passaram
várias rodadas tropeçando sucessivamente. Nenhuma equipe parecia ter força
suficiente para arrancar e se impor na competição. Estivesse um pouco menos inebriado
pelo sonho de bater o Barcelona no Mundial, o Santos, munido de Neymar em fase
esplêndida, poderia ter brigado pela taça nacional. Acabou sendo massacrado pelo
Barça de Guardiola.<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-15760847553541280462013-06-02T07:35:00.000-07:002013-06-02T12:31:56.919-07:00Santa em ascensão<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na
era pós-Copa União (depois de 1987, portanto), poucas fatias da federação fora
do chamado “eixo Rio-São Paulo” colocaram mais de dois times na Série A. Foram
elas Pernambuco (apenas em 93), Minas Gerais (em 93, 98, 2000, 2001, 2008 e
2011), Paraná (dez vezes entre 93 e 2005) e Rio Grande do Sul (de 95 a 2007,
excetuando-se 2005). No ano passado e na atual versão do campeonato de elite,
as portas desse seleto clubinho têm se mantido trancadas, mas há um aspirante a
sócio forçando a entrada. Trata-se de Santa Catarina, estado com um time na
Série A de 2013 (Criciúma) e presença maciça na Série B (Avaí, Figueirense,
Joinville e Chapecoense).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No
biênio 2003-04, com Figueirense e Criciúma na primeira divisão, e em 2011, com
Figueirense e Avaí, o futebol catarinense esteve, aparentemente, num estágio
até superior. Não havia, contudo, uma quantidade tão expressiva de
representantes na Série B. Em 2012, já eram três, e todos ficaram entre os seis
primeiros. Indubitavelmente, um ótimo desempenho. No fim das contas, subiu
apenas o Criciúma, mas as rodadas iniciais da Série B 2013 indicam que o número
pode aumentar desta vez.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mesmo
a Chapecoense, advinda da Série C – de onde também emergiram Criciúma e
Joinville, em anos recentes – tem conseguido angariar boa pontuação neste
começo de certame, o que torna as projeções catarinenses para 2014 muito
positivas. Com uma das vagas para a Série A de 2014 teoricamente reservada para
o gigante Palmeiras, restam três para sonhos que vêm de todos os cantos de
Santa Catarina – norte (Joinville), sul (Criciúma), leste (Avaí e Figueira) e
oeste (Chapecoense).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Tais
esperanças não são frutos de devaneios megalômanos. Nas últimas temporadas, os
clubes catarinenses têm, esporadicamente, se atrevido a interpretar papéis mais
importantes na cena nacional. Os principais atores desse crescimento paulatino
são os emblemas da capital, Figueirense e Avaí. O primeiro chegou à final da
Copa do Brasil em 2007 e terminou o Brasileiro de 2011 na 7ª posição, depois de
ter flertado, e quase se acasalado, com a Libertadores. O rival atingiu a
semifinal da Copa do Brasil em 2011, dois anos depois de ter obtido um
espantoso 6º lugar no Brasileirão. Não são façanhas tão portentosas quanto a
conquista do Criciúma na Copa do Brasil de 1991, mas, diferentemente desta,
parecem ligadas a um processo de evolução gradativa. O caso de 91 foi mais
particular, resultado da simbiose entre a cidade do carvão e um certo Felipão,
que iniciava ali sua trajetória rumo ao posto de rei do mata-mata.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O futebol
barriga-verde vem encorpando de grão em grão, e o campeonato estadual é reflexo
disso. Não que a federação catarinense tenha grande mérito em sua organização –
muito pelo contrário. Basta lembrar o ridículo vice-campeonato do Figueirense
no Catarinão de 2012, após ter faturado ambos os turnos. A competição tem
progredido naturalmente por outras razões, entre as quais figuram o equilíbrio
e o interesse do público. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No primoroso
blog Futrankings, <a href="http://futrankings.blogspot.com.br/2013/01/equilibrio-historico-dos-principais.html"><span style="color: blue;">estudo
estatístico de Tomaz Alves</span></a> aponta o campeonato catarinense como,
historicamente, o mais parelho do Brasil. A variedade de campeões sempre foi
maior do que em outras praças, o que explica, bem resumidamente, a liderança no
meticuloso ranking. De fato, ainda hoje, há sempre cinco equipes – Figueirense,
Avaí, Joinville, Criciúma e Chapecoense – que entram no torneio com chances
reais de título. Em que outro torneio local isso se observa? Alguém pode
mencionar a Bahia, que teve Colo-Colo e Bahia de Feira como campeões recentes.
Ou o Espírito Santo, estado em que, após décadas de domínio dividido entre Rio
Branco e Desportiva, apareceram novos levantadores de taça, como Aracruz e São
Mateus. Esses casos, porém, são bem diferentes, já que envolvem zebras
ocasionais ou emergentes desprovidos de tradição. No Catarinão, os componentes
do quinteto que está no poder trajam camisas com pesos não muito díspares entre
si e compartilham 41 dos últimos 42 troféus disputados – 4 erguidos pela
Chapecoense, 7 pelo Avaí, 9 pelo Criciúma, 9 pelo Figueirense e 12 pelo
Joinville. O único intruso desse período foi o Brusque, vencedor de 1992.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Se
metade dos participantes de um estadual tem condições de ganhá-lo (10 clubes
jogam o Catarinão), a atração por ele exercida tenderá a ser maior do que a de
outro campeonato cujos verdadeiros concorrentes ao título não passem de 20% do
total. Assim, embora não tenha se notabilizado por grande entusiasmo, o estadual
de Santa Catarina contou, em 2013, com média de público superior à do carioca,
à do gaúcho e à do paranaense, por exemplo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
ambiente competitivo do Catarinão o afasta um pouco da feição decadente que os
regionais assumem Brasil afora. E, de certa forma, ajuda a azeitar os times da
casa com vistas aos embates nacionais. É claro que o campeonato doméstico
poderia ser mais próspero e contagiante se não houvesse tanta gente em Santa
Catarina torcendo para times de outros estados. Esse é um problema crônico do
futebol barriga-verde. Pesquisa encomendada pela Revista Placar em 1983 já
dizia que “entre os 61% dos habitantes adultos das regiões urbanas de Santa
Catarina que se interessam por futebol, nada menos que 41% não torcem<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>para nenhum clube do estado – a porcentagem
mais alta entre todas as demais regiões do país”. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
visual de estádios como o Heriberto Hülse, a Arena Joinville e o Orlando
Scarpelli em dia de jogo e os bem-sucedidos programas de sócio-torcedor do
Joinville e da Chapecoense parecem sinalizar que existe um movimento no sentido
contrário. Estariam os catarinenses mais apegados aos clubes de sua terra do
que há trinta anos? Ou ainda os enxergam como simpáticos “segundos times”?
Levantamentos feitos nos últimos anos mostram que o apelo dos grandes centros
mantém-se bem maior que o das forças caseiras. No entanto, deve-se considerar que
pesquisas sobre torcida não têm sido o ponto forte dos institutos
especializados. Dá para desconfiar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-bidi-font-weight: bold;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>No
momento em que este texto chega ao seu derradeiro parágrafo, termina o jogo em
São Caetano do Sul: Azulão 0x1 Chapecoense. O triunfo fora de casa nesta noite
de sábado deixa o Índio na vice-liderança da Série B, após três rodadas. Todos
os outros membros do G-4 são, neste momento, de Santa Catarina – o Figueirense encabeça
a tabela, o Avaí ocupa o terceiro posto e o Joinville completa o grupo. Se o
atual quadro se conservasse intacto até dezembro – quase impossível −, a Série
A de 2014 reeditaria 1979, quando Criciúma, Joinville, Figueirense, Chapecoense
e Avaí estiveram na primeira divisão, à época disputada por quase uma centena
de agremiações. Pôr cinco clubes entre vinte é outro papo. Mas existe, sim, a
possibilidade de Santa Catarina ser, na próxima temporada, o único estado, além
de Rio e São Paulo, com mais de dois representantes na Série A.<o:p></o:p></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-12372712354805322362013-02-09T05:06:00.002-08:002013-02-10T06:14:55.504-08:00Maior que Mourinho<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p></o:p></span> <span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><strong>Técnico
português agride o futebol mundial ao privá-lo das exibições de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Kaká, um dos grandes jogadores deste século</strong></span></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Às vésperas do mais aguardado embate
das oitavas-de-final da Champions League (Real Madrid x Manchester United,
naturalmente), Alex Ferguson deve estar aflito com a fraquíssima atuação diante
do limitado Fulham. Preocupa-o, também, a volúpia com que o ex-pupilo Cristiano
Ronaldo irá para cima de uma defesa que, nesta temporada, tem se revelado um
tanto frágil. Mas há algo que conforta sir Alex, e não estamos falando da
capacidade nem da experiência do ótimo duo Rooney / Van Persie. Tampouco se
trata do fato de o Man Utd jogar a segunda partida em Old Trafford. O alento de
Ferguson consiste na probabilíssima ausência, em ambos os duelos, de alguém
que, num passado nem tão distante assim, derrubou implacavelmente a sua
fortaleza, fazendo dois fantásticos gols em Manchester e mais um em Milão. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O ano era 2007, e o demolidor em
questão era Kaká, que, meses depois da semifinal de Champions League contra a
equipe de Ferguson, seria eleito o melhor jogador do mundo. Naquela edição da
copa continental − da qual foi artilheiro, com 10 gols −, Kaká já fizera um
golaço contra o Celtic, conduzindo o Milan às quartas. E voltaria a ser
decisivo na final, construindo uns ¾ do tento de Inzaghi, o segundo da vitória
de 2 a 1 sobre o Liverpool. Revanche da decisão de 2005, em Istambul, na qual,
diga-se de passagem, Kaká foi o melhor do primeiro tempo arrasador do Milan. O </span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=wWNTN9KUBG4"><span style="color: blue; font-family: Times, "Times New Roman", serif;">assombroso lançamento</span></a><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> para um dos gols de Hernán
Crespo está, tal como o <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=Ld8WEiEgvuE"><span style="color: blue;">rush</span></a></i> que provocou a
estrambótica colisão de defensores do Manchester United em 2007, no numeroso
rol de grandiosas jogadas de Kaká na mais importante competição clubística do
planeta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Ninguém poderia prever que, seis
anos depois, um jogador desse naipe, aparentemente em boas condições atléticas
(recentes aparições na seleção brasileira o atestam), estaria encostado numa
interminável suplência. Nas duas últimas temporadas, o Real Madrid abdicou, em
etapas bem avançadas da Champions League, de um craque talhado para batalhas
intensas e cruentas. Não há explicação técnica para a predileção por Di María,
Modric, Benzema ou Higuaín, principalmente em situações extremas. Nem o ótimo
Özil justifica um Kaká preterido. Poderia haver algum componente físico
envolvido; os cinco concorrentes, afinal, são mais jovens e têm jogado com
frequência maior; no entanto, como adquirir ritmo de jogo se, com a liga
nacional perdida e com a vaga na próxima Champions League praticamente
assegurada, o técnico não o escala nem contra o Granada?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></o:p> </div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Não é novidade que, por trás desse
desprezo, há muito mais do que meras opções táticas. Matérias como a do jornal </span><a href="http://deportes.elpais.com/deportes/2012/08/25/actualidad/1345914586_667742.html"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: blue; font-family: Times, "Times New Roman", serif;">El
País</span></i></a><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"> </i>levantaram suspeitas sobre a
isenção de Mourinho na hora de selecionar quem vai a campo. Caso a influência
do poderoso empresário Jorge Mendes – agente de Mourinho e de vários jogadores
do time merengue – realmente interfira na relação entre o treinador lusitano e
seus comandados, como afirma o pai de Kaká na referida reportagem, a
subutilização de Kaká entra numa seara nebulosa e repulsiva. Prefiro acreditar
em incompatibilidade de gênios, fogueira de vaidades, implicância tacanha,
qualquer fator extracampo verossímil que combine com o egocentrismo de Mourinho
e afaste a teoria conspiratória. Porque esta, se comprovada, poderia resultar até
em constrangimentos para Scolari, cujas negociações no exterior são conduzidas
por Jorge Mendes. Como se sabe, Kaká não foi convocado para o amistoso contra a
Inglaterra, mesmo tendo jogado muito bem nas últimas partidas da seleção em
2012. Suas atuações sob a batuta de Mano Menezes geraram, inclusive, embaraço
para Mourinho, já que o óbvio ficou mais ululante: Kaká não é um traste.</span> </div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O tratamento a ele dispensado,
porém, tem sido esse. Não me recordo de outro boicote tão absurdo, que tenha
subtraído tanto tempo de jogo de um craque. É uma pena, por exemplo, que, nos
confrontos entre Real e Barcelona dos últimos tempos, muitos deles épicos, Kaká
não tenha recebido grandes oportunidades. Enquanto Messi e Cristiano Ronaldo
puderam aproveitar um período mágico dessa rivalidade, ao meia-atacante brasileiro
essa chance foi negada. E ele não foi a única vítima dessa privação – quem
aprecia futebol há de ter sentido sua falta. Quem viu Milan 3x0 Manchester
United, jogo de volta das semifinais da Champions League 2006/7, sabe do que
estou falando. Ferguson estava ali, bem perto, e sabe muito bem. Mas não está
sentindo falta alguma.</span></div>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-75141268280939669292012-08-17T20:34:00.001-07:002012-08-17T20:41:51.382-07:00Cristóvão, PDA 88<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="mso-tab-count: 1;"> <span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em
dezembro de 1987, comprei meu primeiro Jornal dos Sports. À época eu não sabia,
mas a caminhada do moleque de 11 anos, por iniciativa própria, até a banca do
Seu Lupércio, naquela distante manhã nublada, era um momento histórico, o
início de um contato mais profundo entre o pequeno torcedor e a imprensa
esportiva escrita. Eu já tinha certa intimidade com o rádio (José Carlos Araújo
narrando o gol de Tita na final do Carioca de 87, um marco...), mas com os
periódicos a proximidade começava ali. Naquela edição do velho jornal
cor-de-rosa, alguns jornalistas elegiam a seleção JS do campeonato brasileiro
daquele ano, a famosa Copa União. Aquilo despertou em mim alguma espécie de
fascínio, que até hoje cultivo. Resolvi que também eu escalaria um onze ideal
da competição, tarefa que estendi a todos os Brasileirões que acompanhei
posteriormente.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Um
trabalho solitário, compartilhado durante anos com quase ninguém. Talvez eu
tenha confidenciado algo ao Fábio, grande amigo de infância. Ou ao Leo, meu
primo, que, avesso a futebol, acusava-me de decorar o conteúdo das edições de
Placar só para ficar exibindo conhecimentos futebolísticos depois. Mas, ainda
que eu tenha revelado algo a eles, não dividi o trabalho. Minucioso trabalho,
diga-se. Cheguei ao requinte aparentemente doentio de dar um nome ao “prêmio”
ignorado por toda a humanidade. Se a Placar, como eu descobriria poucos meses
depois daquele verão 87/88, tinha a sua Bola de Prata, eu teria o PDA. Prêmio
Danilo Alvim.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Mas
por que cargas d’água Danilo Alvim? O leitor deste blog há de conhecê-lo.
Trata-se do Príncipe, center-half do Expresso da Vitória e titular na Copa de
1950. Eu já lera a respeito da nobreza de sua estirpe e achei que, com seu
nome, o “cobiçado laurel” ganhava peso. </span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Como
em 87 a ideia surgiu somente depois da decisão do certame nacional, foi em 88
que as escolhas do PDA passaram a ser frutos de observações mais detidas ao
longo de todo o campeonato. A essa altura, eu já me tornara um ávido leitor de
Placar, e era natural que as notas dadas pela revista aos concorrentes da Bola
de Prata influenciassem os meus conceitos pré-adolescentes, numa época muito
anterior à onisciência do PFC. No entanto, eu apreciava manter a independência
do prêmio por meio de algumas firmes discordâncias. Por isso, se endossei a
Placar na zaga, por exemplo (Aguirregaray, do Inter, e Pereira do Bahia), dela
me desviei nas pontas (Robertinho e Edivaldo nos lugares de Vivinho e Zinho!). Uma
das outras diferenças entre as minhas opções e as da Placar residiu no
meio-campo: eu escalei Cristóvão (Grêmio) na cabeça-de-área, posição que teve
Paulo Rodrigues (Bahia) como Bola de Prata.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Na
verdade, Cristóvão jogava como segundo homem numa região central gremista
habitada ainda por Bonamigo e Cuca. Mas, como eu não queria abdicar de Geovani,
recuei Cristóvão para o posto de volante. O meia do tricolor gaúcho também não
podia ficar de fora – eu me convencera disso ao assistir na TV a Flamengo 0x1
Grêmio, pelas quartas-de-final, no início de 1989 (sim, o Brasileirão de 88
terminou no ano seguinte). Elegante, clarividente e operário, naquela noite
Cristóvão se multiplicou com leveza e agilidade no gramado do Maracanã. Uma
atuação que ajudou o garoto de 12 anos a moldar sua definição de meio-campista.
</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>O
Grêmio tombaria nas semifinais para o maior rival, naquele que ficaria
conhecido como o “Grenal do século”, mas a impressão que Cristóvão me deixara
nas quartas garantiu-lhe uma vaga no escrete do PDA. Sebastião Lazaroni, então
técnico da seleção, também deve ter gostado das performances do meia, já que o
convocaria, poucos meses depois, para a Copa América.</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Depois
da passagem pela Portuguesa, já em fim da carreira, Cristóvão sumiu do meu
modesto mapa. Eu só voltaria a ouvir falar dele no fim de julho de 2011, dias
depois do grave problema médico de que Ricardo Gomes se acometera. Eu estava na
loja de ferragens do portuga Luís, point de notícias cruzmaltinas mais férvido
que sites especializados. Angustiado, indaguei:</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>−
E quem vai entrar no lugar do Ricardo, por enquanto?</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>−
É o auxiliar dele, o Cristóvão − respondeu o filho do lusitano −, um ex-jogador
aí, acho que do Fluminense...</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>−
Ah, sei... Jogou no Grêmio, né?</span><br />
<br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>De
fato, era ele, o volante improvisado do PDA 88. Simples, discreto, sereno,
salário bem menor que os dos figurões do ofício, Cristóvão foi aplacando minha
desconfiança inicial. E fui reconhecendo, na desenvoltura e na lucidez
peculiares à sua forma de se expressar, a mesma habilidade, a mesma
inteligência que eu vira pela TV, num Flamengo x Grêmio do passado. </span><br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-font-size: 12.0pt; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="mso-tab-count: 1;"> </span>Com
Cristóvão, o Vasco chegou pela primeira vez entre os cinco primeiros do
Brasileirão neste século. Com Cristóvão, o Vasco chegou às semifinais da
Sul-Americana, mesmo estando muito envolvido com o Brasileiro. Com Cristóvão, o
Vasco fez uma ótima Libertadores, em seu retorno à competição após onze longos
anos. Com Cristóvão, o Vasco se mantém entre os quatro primeiros do Brasileiro
2012, mesmo depois das terríveis perdas de Rômulo, Allan e, principalmente,
Diego Souza e Fágner. O vascaíno já tem, portanto, motivos para acreditar que,
com Cristóvão, o Vasco pode continuar disputando coisas grandes. É claro que a
exasperação com uma ou outra mania (uma leve retranquite, Diego Rosa etc)
sempre vai haver, isso é comuníssimo no comportamento da torcida. Mas xingar recorrentemente
um técnico que vem, há quase um ano, contornando problemas e levando o Vasco
para cima parece injustificável.</span></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-85772848407063874122012-08-13T10:24:00.000-07:002012-08-13T10:39:17.400-07:00De medalhistas a medalhões*<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A seleção olímpica de 1988 jogou um futebol agradável de se ver e transformou alguns jogadores em ídolos nacionais</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em 1988, o futuro do futebol brasileiro era uma interrogação. O ocaso da geração de Zico, Sócrates e Falcão parecia indicar que os anos sem título mundial se multiplicariam. A bagunça do início do campeonato brasileiro daquele ano – alguns clubes contestaram o regulamento, que previa pênaltis em caso de empate – completava o cenário desolador. Era necessário que algo diferente e empolgante acontecesse. E aconteceu.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Sob o comando de Carlos Alberto Silva, a seleção olímpica ganhou a medalha de prata em Seul, praticando um futebol capaz de provocar, no Brasil, um entusiasmo equiparável ao de uma Copa do Mundo. E não era fogo de palha, não – apagada a pira de Seul, a chama daquela nova geração permaneceria viva, atingindo a temperatura máxima na final da Copa de 1994. Taffarel, Jorginho, Bebeto, Romário e Mazinho, que enfrentaram a Itália de Baggio em Los Angeles, tinham estado seis anos antes em Seul.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A qualidade desses jogadores explica, em parte, a espontânea e calorosa adesão popular à torcida pelo time de 1988. A outra parte da explicação fica por conta do contexto da época. Todos os integrantes da equipe defendiam, no primeiro semestre de 1988 (a Olimpíada começou em setembro), clubes brasileiros, o que facilitava a empatia. Além disso, não havia limite de idade para os convocados, portanto o time não se parecia tanto com uma “seleção de novos” quanto em outras Olimpíadas. Não ter participado de Mundiais era o único pré-requisito para ir aos Jogos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Outro dado que talvez ajude a esclarecer por que tanta gente madrugou naquele já distante setembro tem a ver com a política. A promulgação da nova Constituição brasileira ocorreria quatro dias depois da decisão do futebol olímpico. A primeira eleição presidencial direta pós-ditadura se aproximava. Respiravam-se ares de redemocratização e esperança. Cada gol de Romário em Seul era comemorado no Brasil com uma inocência que, hoje, parece perdida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Era outro tempo, sem dúvida. Um tempo em que reunir a seleção por quase três meses era possível. Entre amistosos e torneios, o time olímpico disputou doze partidas em sua longa e caótica preparação, que começou na Austrália e passou por Europa e Estados Unidos, antes de chegar à Coreia do Sul. Nesse meio tempo, o técnico Carlos Alberto Silva reclamou da escassez de informações sobre as seleções que o Brasil encararia na primeira fase da Olimpíada. A muito custo, ele havia conseguido, na Áustria, uma fita da Iugoslávia, mas sua transcodificação custava muito caro. Vinte anos depois, o problema tem cara de pré-história.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Mas nem tudo está tão diferente. A cessão de jogadores que atuam no exterior já era complicada. Valdo e Ricardo Gomes não foram liberados pelo Benfica, que exigiu garantias financeiras com as quais a CBF não quis arcar. A distância entre o futebol e as outras modalidades olímpicas também já existia – o Brasil disputou a primeira fase na cidade de Taejon (onde, segundo o ex-jogador Neto, comeu-se muito cachorro), e houve jogos das demais chaves em Taegu, Pusan e Kwangju, enquanto todos os outros esportes se fixaram em Seul.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<strong><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Os “pratagonistas” do time</span></strong></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">“Ele nunca soltava a bola errado”, lembra o técnico Carlos Alberto Silva. “Ele era o cimento da equipe”, metaforiza o preparador físico Bebeto de Oliveira. Ambos estão falando de Geovani, o capitão do time, que não chegaria a disputar nenhuma Copa, mas que, em 1988, desfrutou do status de maior craque do futebol brasileiro. Autor do gol que eliminou a Argentina nas quartas-de-final, o habilidoso meia tomou o segundo cartão amarelo na semifinal diante da Alemanha e desfalcou o Brasil na decisão contra a URSS, tal como o cabeça-de-área Ademir. “A ausência desses dois titulares foi crucial”, comenta Carlos A. Silva. “Tínhamos muito pouco tempo para treinar uma nova formação; o meio-campo perdeu um pouco a pegada”, arremata o treinador.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Se Geovani era o pilar do meio, atrás esse papel coube a Taffarel. “Existia um tabu de que goleiro só servia para a seleção depois dos 26 anos. Ali se consagrou um com 19”, diz o técnico, subtraindo três anos da verdadeira idade de Taffarel em 1988. O gentil equívoco talvez tenha sido uma inconsciente retribuição aos três pênaltis defendidos (um no tempo normal e dois após a prorrogação) na partida mais difícil e emocionante da campanha, frente à Alemanha de Hässler e Klinsmann.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Além de Taffarel, sobressaiu na defesa o zagueiro André Cruz, que completou 20 anos no dia da vitória sobre a Austrália, válida pela primeira fase. Nessa partida, assim como na seguinte, contra a forte Iugoslávia, Cruz atuou improvisado na lateral-esquerda. E foi dali que, diante dos iugoslavos, munidos de Katanec, Stojkovic e Suker, o ponte-pretano anotou um espetacular gol de falta, abrindo o marcador. Sua presença no torneio só não foi impecável devido ao deslize que ofereceu a Savichev uma clara chance de fazer 2 a 1 na prorrogação da final. O atacante soviético aproveitou bem, encobrindo Taffarel.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Na visão de Neto, o posto de destaque individual brasileiro em Seul fica dividido entre o loirinho gaúcho e um certo tampinha carioca, que fez sete gols na competição e despertou a cobiça de clubes europeus. “Romário é o melhor de todos os tempos, depois de Pelé”, opina o comentarista da TV Bandeirantes. Bebeto de Oliveira ressalta uma característica que o Romário mais maduro perderia: “O grande craque de anos depois não se comparava àquele menino, com aquela velocidade fantástica”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Com tantos aspirantes a estrela, a vaidade atrapalhava? “Não, o ambiente era sensacional, embora eu não acredite muito nesse negócio de união”, avalia Neto, que via Andrade, o mais experiente do grupo, como um ídolo: “Eu tinha até vergonha de falar com ele”, conta. O volante flamenguista acabara de ser vendido ao futebol da Europa, destino comum a grande parte dos que foram aos Jogos Olímpicos de 88. Comparado aos padrões atuais, o êxodo foi tímido e lento, mas, até aquele desfecho de anos 80, não tinha havido nada igual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Alguns medalhistas, como Andrade e Geovani, não tiveram sucesso no exterior, e outros bons jogadores acabaram não se firmando como figurinhas carimbadas, casos do zagueiro Batista, do meia Mílton e do atacante Careca. O saldo geral da geração Seul, porém, foi bastante positivo e confirmou o valor do trabalho de renovação desenvolvido por Carlos Alberto Silva. Só ficou faltando o ouro. O ponta João Paulo, que entrou no lugar de Bebeto durante a final, resume o que passou pela sua cabeça no pódio: “A sorte não ajudou. Tínhamos um time superior, pressionamos, perdemos gol. Na hora, foi uma grande decepção. Mas hoje a gente vê que a medalha de prata representou muito”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span lang="PT" style="font-size: 10pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">*<em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: small;">Escrevi esta matéria para a Revista Trivela, edição de agosto de 2008. A versão da revista está um pouco modificada e mais curta, devido à edição</span>.</em></span></div>
Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-32855122695154229142012-04-22T09:21:00.002-07:002012-04-22T13:02:47.782-07:00"Ninguém encosta no Alves!"<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;"><strong>Mourinho venceu o
clássico ao deixar o lateral barcelonista livre</strong></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Procurei muito por estatísticas
que me informassem o tempo de posse de bola individual durante “El clásico” de
ontem. Não encontrei. Ainda assim, sou capaz de garantir que quem mais tocou na
bola foi Daniel Alves. Não porque tenha se multiplicado em campo, em atuação
primorosa. Longe disso. O brasileiro aparecia a todo instante com a pelota nos
pés porque Mourinho quis assim. </span><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Li trezentas crônicas sobre a
partida, ouvi uma penca de comentaristas de TV e nada. Ninguém percebeu.
Falou-se genericamente sobre uma nova forma de anular o Barcelona, supostamente
descoberta pelo técnico português, mas ninguém notou que a tal marcação se deu
por meio de uma não-marcação. Nem Guardiola atinou com a estratégia. Caso
contrário, teria tirado Dani Alves do jogo. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Veja a reprise. Bola com o
Barcelona. Pelo meio, os comandados de Guardiola têm dificuldade de executar
sua habitualmente estonteante troca de passes, visto que todo o Real Madrid
está ali. Sobram merengues no bloqueio central, já que o flanco está
propositalmente liberado. Cercado e acossado numa selva branca, o time
azul-grená é incitado a despejar a bola para a clareira na direita. Sem sentir,
apenas por um desejo instintivo de recuperar o ar num ambiente tão asfixiante,
o melhor time do planeta faz exatamente o que Mourinho vislumbrara, num insight
maquiavélico. Repetidas bolas com Daniel Alves – que não é um virtuose e,
sozinho, pouco pode fazer – significam muitos cruzamentos, pois as opções de
tabela estão vigiadas pelo Real. E bola alçada não é da alçada deste Barcelona.
</span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Se David Villa (faz muita falta,
assim como o ótimo e subestimado Abidal) estivesse em campo, ainda haveria
alguma esperança para o chuveirinho que o Barça foi obrigado a praticar. Sem
ele, e com os defensores merengues (Gullivers perto dos liliputianos catalães)
espanando todas as bolas, a opção que restava a Guardiola era sacar Daniel
Alves, substituindo-o por Piqué. Messi passaria a ocupar o corredor ofensivo da
direita, medida que esgarçaria a barreira madridista.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Essa mudança deveria ter sido
operada bem cedo, no máximo durante o intervalo, acompanhada de outras, como
Fábregas e Sánchez (ou Pedro) nos postos de Tello e Thiago. A aposta no jovem
(e verde) Tello revelou-se um erro muito antes do segundo tempo, e só o receio
de queimá-lo pode explicar o fato de Guardiola o ter tirado tão tardiamente. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O campeonato espanhol acabou para
o Barcelona, e atrevo-me a dizer que somente uma vitória sobre o Real numa das
possíveis finais de Champions League apagaria o dissabor do fracasso no Camp
Nou. Nem um eventual triunfo sobre o Bayern apaziguaria por completo a equipe
catalã, que precisa de uma chance para provar que ainda é a melhor, que supera
qualquer retranca, mesmo quando a retranca finge, cínica e genialmente, que um
dos adversários, ali pela direita, não existe.</span></div>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-71408598007138886512012-02-23T23:41:00.003-08:002012-02-24T08:31:18.152-08:00Enredo plagiado<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Trajetória de Ronaldinho no Flamengo lembra a de Romário</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Romário não fez mil gols. A ficção que envolveu jogos pelo juvenil do Olaria e amistosos de despedida poderia ter sido evitada se, durante os quase cinco anos em que defendeu o Flamengo, o inveterado goleador tivesse levado a profissão mais a sério. Tenho a impressão de que Romário só atinou com sua relevância histórica e com o desperdício a que estava se submetendo tardiamente, percepção que o levou a tirar o máximo que podia de sua condição de veterano extra-série, na ânsia sôfrega de recuperar o tempo perdido. Não por acaso, foi até os 40 anos. Logo ele, que, ainda garoto, declarara que penduraria as chuteiras aos 27.<o:p></o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Houvesse, nos anos de Flamengo, mostrado a determinação que esbanjou no ano 2000, já pelo Vasco, Romário teria, possivelmente, colecionado mais títulos. Sim, porque sua passagem pela Gávea foi paupérrima nesse quesito, resumindo-se a dois estaduais e uma Copa Mercosul de cujas partidas finais não participou. Haverá quem afirme que o que mudou em 2000 não foi sua disposição, mas a qualidade dos parceiros, o que não deixa de conter uma verdade – Juninho Pernambucano, Juninho Paulista e Euller também tiveram uma virada de milênio iluminada e chegaram até a formar, com o Baixinho, a linha de frente da seleção comandada pelo interino Candinho na vitória de 6 a 0 sobre a Venezuela, válida pelas eliminatórias da Copa de 2002. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Apesar da força desse contra-argumento, não abdico da ideia de que Romário, entre 95 e 99, contentou-se com a fama e com os lampejos de genialidade, sem se importar muito com o rumo da carreira. Os gols, ainda em boa quantidade (principalmente no campeonato estadual, do qual foi artilheiro nas edições de 96, 97, 98 e 99), mantinham sua popularidade em alta, e os sucessivos fracassos do Flamengo nessa época sempre acabavam sendo atribuídos a outrem. Luxemburgo, em 95, foi uma das vítimas, após queda de braço com o ídolo. Dezessete anos depois, vivenciou – e perdeu outra vez − disputa muito semelhante, desta feita com Ronaldinho.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Falemos, então, do astro gaúcho. A nulidade no jogo de anteontem, contra o Vasco, contrasta violentamente com a expectativa que seu retorno ao Brasil gerou. Nos sonhos dos torcedores rubro-negros, a presença do melhor do mundo em 2004 e 2005 representava uma viga capital na construção de um time imbatível. O entusiasmo inebriou os sentidos da massa e bloqueou sua memória, impedindo-a de refletir sobre os duvidosos benefícios da vinda, em 1995, de outro melhor do mundo. Doze anos depois de ter deixado a Gávea, Romário ainda recebe parcelas mensais de uma dívida monstruosa. Além de alguns gols espetaculares, como o do elástico em Amaral, que outra recompensa a ousada contratação deixou para o clube? Aumento de torcida? Questionável. Intuo que a empolgante arrancada no Brasileirão de 2007, com Maracanã lotado e efervescente rodada após rodada, formou muito mais pequenos rubro-negros do que a ridícula campanha do campeonato nacional de 1995, por exemplo.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">No único repatriamento do futebol brasileiro à altura do de Romário, Ronaldinho podia ter incrementado o roteiro original. As parcas alterações no script, porém, têm sido para pior: o atual camisa 10 decide menos jogos, contagia menos a torcida e parece sempre tomado por um certo alheamento, uma estranha indiferença – Romário, mesmo no auge do “treinar pra quê?”, emitia opinião, reclamava, soltava os bichos, ou seja, manifestava alguma espécie de comprometimento. Já Ronaldinho não fala. Não sabemos o que pensa ou sente, porque não fala. E o vazio de seus depoimentos vem há tempos contaminando suas jogadas.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Suponho que o resgate, ao menos parcial, da desenvoltura e do dinamismo que RG exibia em meados da década passada só viria mediante uma atenção muito maior aos cuidados com o seu corpo. Mais do que Romário em seu tempo de jogador, Ronaldinho precisa da força física. A musculatura avantajada que desenvolveu na Europa aliou-se a seu talento na missão de derrubar defesas adversárias, às vezes literalmente (veja <a href="http://video.google.com/videoplay?docid=-1980679846300262058" target="_blank"><span style="color: blue;">aqui</span></a> como, num embate de coxas, o dentuço leva John Terry ao chão, antes de arrematar para a rede), mas cobrou seu preço à medida que os anos foram passando. Hoje, para Ronaldinho, o aprimoramento e a manutenção da forma física devem exigir níveis de esforço nos treinos e de dedicação extra-campo muito superiores aos que ele, aparentemente, está disposto a atingir. Essas são conjecturas de um leigo no assunto, é bom frisar. O certo é que a agilidade e a rapidez do ex-barcelonista encontram-se num patamar insatisfatório. </span><br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Ronaldinho podia estar se empenhando mais. Não apenas para retribuir o vultoso investimento feito por dirigentes perdulários, não apenas para agradar aos flamenguistas, mas também para preservar algumas belas páginas por ele escritas na história do futebol. A sucessão de garranchos e rasuras pode conduzi-lo a um futuro arrependimento. Vida pacata, entrega absoluta, obstinação, treinamento a todo vapor, novo corte de cabelo – daqui a três ou quatro anos, nada disso poderá devolver-lhe a antiga capacidade. O que hoje depende de escolhas amanhã vai ser uma imposição do implacável tempo. Caso RG prossiga sendo um arremedo de craque até lá, estará ele preparado para se aposentar com o currículo maculado? </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Tal como seu funcionário mais ilustre, o Flamengo precisa resolver como vai administrar seu tempo. Quantos meses ou anos ainda pretende esperar pelo soerguimento do futebol de Ronaldinho? O fim da parceria com a Traffic fez o peso das despesas com o craque crescer bastante e, por conseguinte, prejudicou ainda mais a já combalida situação econômica do clube. Se a atual diretoria se preocupasse em lançar um olhar crítico para o passado, tiraria alguma lição do período em que Romário vestiu o uniforme rubro-negro. O ídolo estava lá, mas faltaram organização, time coeso e títulos expressivos.</span></div>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-45081982091818495422012-02-18T14:31:00.005-08:002012-02-19T15:31:49.292-08:00Futebol inglês carente<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p><strong>"Nada tão remoto, nada tão longínquo, nada tão antediluviano como o passado recente", já dizia Nelson Rodrigues</strong> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Primeiro semestre de 2007. O desacreditado Milan é campeão europeu, mas os outros três semifinalistas da Champions League são ingleses. O Chelsea tem Mourinho no banco, Drogba e Lampard em plena forma, Essien voando. O Manchester United ainda conta com Cristiano Ronaldo, autor de dois tentos no histórico 7 a 1 sobre a Roma. O Liverpool é forte, e Gerrard vive ótima fase. O Arsenal não repete a temporada anterior, tombou na LC, mas tem Fábregas. E Henry.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Hoje Fábregas revive os tempos de juvenil na Catalunha, Gerrard e os Reds tentam se reencontrar, Cristiano Ronaldo faz gols às pencas a muitos quilômetros de Old Trafford, a espinha dorsal do Chelsea está envelhecida e seu treinador, embora jovem, lusitano e advindo do Porto, não é o “special one”. O líder do campeonato inglês é o Manchester City, melancolicamente eliminado da LC e guiado pelo medíocre Roberto Mancini. Para completar o cenário de decadência, a nostalgia entra em campo com o ex-aposentado Paul Scholes e com a recém-inaugurada estátua de Henry, que ganhou movimentos humanos e andou assombrando oponentes com golzinhos de inverno.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alguém discorda de que a Premier League não é mais a mesma? Grandes ídolos se foram ou passaram há muito dos trinta, a dinheirama faz o time de proveta do tradicional City dominar o certame e os clubes menos abastados, apesar do enfraquecimento dos grandes, continuam fazendo figuração. Assistindo a partidas da atual temporada tive, em alguns momentos, sensações similares às que experimento em jogos do campeonato carioca. Dou como exemplo Manchester United 4x1 Wolverhampton, do dia 10 de dezembro. Jogo de ataque contra defesa o tempo inteiro. No quarto gol de gigante, veem-se torcedores comemorando com um insosso aplauso. Embora esse comportamento tenha, também, a ver com o perfil da plateia que acompanha o United em Old Trafford (veja <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Prawn_sandwich_brigade" target="_blank"><span style="color: blue;">aqui</span></a> críticas do ídolo Roy Keane), não há dúvida de que a fragilidade do adversário torna o rumo do confronto muito previsível.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Alguém dirá que os jogos do Barça e do Real Madrid contra os pequenos da Espanha são iguais. Não acho. Primeiro, porque blaugranas e merengues são, atualmente, muito mais agradáveis de se ver. Segundo, porque, há algum tempo, os times espanhóis que não têm chance de título (todos à exceção dos dois gigantes) parecem mais fortes que os equivalentes britânicos, vide os desempenhos recentes na Liga Europa e na antiga Copa Uefa. É verdade que as potências da Inglaterra desdenham da Liga Europa, mas não há motivo para os médios alegarem essa postura. Não avançam porque não se mostram capazes, mesmo. Nas duas últimas ocasiões em que times médios da Inglaterra chegaram à final da competição (e não consta que tenham ficado enfadados por isso), sofreram derrotas para espanhóis, uma delas acachapante (Sevilla 4x0 Middlesbrough, decisão de 2005/6).</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Na última quinta-feira, o Stoke City praticamente selou sua despedida da Liga Europa, perdendo em casa para o Valencia, por 1 a 0. O placar foi piedoso para com os britânicos, dada a inquestionável superioridade do time do brasileiro Jonas durante todo o embate. Talvez seja normal o 3º colocado do campeonato espanhol vencer o 13º lugar do inglês com tamanha facilidade, mas o que dizer de Tottenham e Fulham, pulverizados antes mesmo do mata-mata da competição, em grupos que tinham os poderosíssimos PAOK, da Grécia, e Wisla Krakow, sexto lugar do campeonato polonês? Harry Redknapp, treinador do Tottenham, nem precisava ter comparecido à coletiva pós-eliminação; até as paredes da sala de imprensa já sabiam que ele relativizaria o fracasso, enxergando nele uma grandiosa chance de concentrar esforços na batalha da Premier League. No Brasil, o discurso dos técnicos é idêntico quando seus times caem na Copa Sul-Americana. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Se na Liga Europa a performance dos clubes ingleses é fraca há tempos, o mesmo não se podia dizer, até poucos anos atrás, de seu desempenho na Liga dos Campeões. Na temporada seguinte à de 2006/7, citada no início deste texto, o futebol da terra da Rainha dominou novamente a LC, pondo dois de seus representantes – Chelsea e Manchester United – na decisão. Os comandados de Alex Ferguson ainda chegaram a outras duas finais, em 2009 e 2011. No entanto, além de terem perdido ambas, sofreram com o empobrecimento técnico decorrente da saída de dois excelentes atacantes (Tévez e Ronaldo) e da difícil renovação do time, que não dispõe de substitutos à altura para expoentes como Ryan Giggs. Na LC 2011/12, os Red devils empacaram na fase de grupos. </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">O rival Arsenal conseguiu avançar, mas a goleada que tomou em Milão, na última quarta-feira, fulminou suas esperanças na competição. Embora sempre exista a possibilidade de um <a href="http://pt.uefa.com/uefachampionsleague/season=2003/matches/round=1714/match=1062130/postmatch/report/index.html" target="_blank"><span style="color: blue;">milagre</span></a> como o alcançado pelo Deportivo, na LC 2003/4, ante o mesmo Milan, a equipe londrina não parece preparada para algo tão grandioso. Seria necessária uma densa reflexão para tentar entender como o temido esquadrão de 2004, campeão invicto, foi enfraquecendo paulatinamente até chegar ao estágio atual. Em meio parágrafo, pode-se aventar a hipótese de que acontece por lá algo semelhante ao que se observa no United: a reposição das lacunas deixadas por medalhões do porte de Ashley Cole, Vieira, Pires, Bergkamp e Henry é um tormento para Wenger, que, para piorar, tem feito, ultimamente, compras nem de longe tão certeiras quanto as do fim do século XX. Pode-se, ainda, apontar sua pressa em se desfazer de um meio-campo que, já na era do Emirates Stadium, alinhava Flamini e Hleb, jogadores por vezes contestados, mas que se entendiam muito bem com Fábregas e Rosicky. Lembro-me de um Arsenal 6x2 Blackburn (um Blackburn bem melhor que o atual, é bom frisar), às vésperas do Natal de 2006. Um presente para os apreciadores de futebol, tal a fluidez ofensiva daquele jovem time, que prometia durar muitos anos. Algo deu errado no meio do caminho.</span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Liverpool e Chelsea também amargaram perda de poderio. Os Reds não ouvem o hino da LC há algum tempo, enquanto os Blues passam por momento delicado e podem, na terça de carnaval, sambar no Estádio San Paolo, frente ao Napoli de Lavezzi e Cavani. Uma eventual queda, somada à quase garantida eliminação do Arsenal, resultaria na ausência de ingleses nas quartas-de-final da Liga dos Campeões, cenário que não se apresenta desde a temporada 1995/96! </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif";"><o:p> </o:p></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">É ou não é uma derrocada? Há de se admitir que o campeonato inglês continua oferecendo ao público bons espetáculos, e que, com a crise dos gigantes da última década, a emoção da disputa até aumentou, já que clubes outrora muito distantes do cume da tabela hoje se permitem sonhar com vagas na LC. Contudo, é inegável que o nível técnico da competição caiu. A carência existe, e as tentativas de remediá-la passam por Scholes, pelo déjà vu de Henry e pela euforia com que se repercute um possível regresso da dupla Mourinho/Cristiano ao país que inventou o jogo.<o:p></o:p></span></div>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-84662855586262492972012-02-13T09:16:00.001-08:002012-02-14T01:10:59.291-08:00O Joel italiano<div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 11pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><strong>Claudio Ranieri não ganha nada realmente importante, mas tem carisma e mercado</strong></span></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Quando um clube brasileiro, especialmente carioca, esquece todos os seus falsos projetos e procura alguém com um método bem feijão-com-arroz, incapaz de pôr o time nas alturas mas eficaz o bastante para livrá-lo de campanhas vexatórias, quase sempre cogita contratar Joel Santana. E com grande frequência o faz. O número de passagens por certas agremiações (4 no Vasco, 5 no Flamengo, 3 no Fluminense, 3 no Botafogo e 3 no Bahia) testifica isso.</span><br />
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</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Tido como folclórico e apaziguador – embora recentes entreveros com Roger (Cruzeiro) e Loco Abreu (Botafogo) revelem focos de discórdia na família do “paizão” −, Joel tem um currículo abarrotado de estaduais e carente de títulos expressivos. O Brasileiro e a Mercosul que o Vasco conquistou em 2000 contaram com sua presença no banco apenas no desenlace das competições, depois da intempestiva demissão de Osvaldo de Oliveira. De resto, nenhuma taça nacional, tampouco internacional. A arrancada do Flamengo no Brasileirão de 2007 talvez tenha sido seu mais impressionante e refulgente trabalho, concluído de forma muito esquisita: pela Libertadores de 2008, jogo de volta das oitavas-de-final, o América do México venceu o Flamengo por 3 a 0 no Maracanã e transformou a festa de despedida para Joel – que assumiria a seleção sul-africana – em filme B de terror nonsense.</span><br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">A passagem de Joel pela África do Sul sempre suscitará alusões anedóticas aos improvisos no trato com o idioma inglês. A naturalidade com que tirava soluções comunicativas da cartola (ou de sua mágica prancheta) combinou com a imagem do cara simples, boa-praça, munido de boas doses de malandragem. Era o mesmo Joel dos óculos pendendo sobre a nareba, do gestual circense à beira do campo, da fisionomia fantasmagórica ao menor sinal de erro do juiz, das tiradas espertas e engraçadas. O inglês caótico incrementou a figura do sujeito singelo, do povão. A simpatia e o carisma, somados à inegável competência para arrumar casas bagunçadas, ajudaram a pôr Joel em condição privilegiada no mercado de técnicos do Brasil.</span><br />
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<span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Algo similar ocorre com Claudio Ranieri, atual técnico da Internazionale, que, diga-se de passagem, ontem perdeu em casa para o lanterna Novara, após tombar diante da Roma por 4 a 0. Ranieri jamais ergueu um troféu de alto quilate, a menos que ponhamos a Copa Itália (arrebatada em 1995/6, pela Fiorentina) e a Copa do Rei (com o Valencia, em 1998/9) nessa categoria. Teve passagens por Napoli, Roma, Juventus, Atlético de Madrid e Chelsea, todas desprovidas de título, mas ricas em amizades. Por onde passou, Ranieri angariou respeito de jogadores e imprensa. Bem-humorado, generoso e humano, além de grande conhecedor de futebol, costuma falhar no domínio de situações extremas, que demandam elevado grau de frieza e pragmatismo. Foi assim no campeonato perdido com a Roma em 2010. Deu-se o mesmo no Chelsea de 2003/4, eliminado nas semifinais da Liga dos Campeões pelo Mônaco, depois de ter batido o então quase invencível Arsenal nas quartas.</span><br />
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</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Em um arroubo de emoção, Ranieri chorou copiosamente ao vencer esse duelo contra Wenger. A temporada 2003/4, que marcou a chegada de Abramovich aos Blues, tinha sido muito dura e estressante, devido à sabida preferência do bilionário russo por outros nomes. Desde 2000 no clube londrino, Ranieri aturou admiravelmente a pressão, mas, no fim das contas, foi substituído por Mourinho, que conseguiu ser, pelo Porto, campeão daquela LC que o italiano deixou escapar. </span><br />
<br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif";">Quando chegou à Premier League, na virada do milênio, Ranieri dispunha de um inglês tão primitivo e engraçado quanto o de Joel Santana. Outro dado que aproxima os dois é o fato de ambos terem sido zagueiros toscos, becões de roça da década de 70. A ausência de empáfia, a escassez de triunfos importantes, a facilidade com que arrumam cobiçados empregos... Joel e Ranieri têm realmente muita coisa em comum. E o parentesco vai se estreitar se ambos forem em breve demitidos das potências que comandam. Nesse caso, eles bem que podiam aproveitar o tempo livre da rara folga para um bate-papo descontraído sobre suas aventuras no futebol, comendo carne em Roma (cidade natal de Ranieri, único esportista de uma família de açougueiros) ou deglutindo um ovo cozido com sal num botequim do Rio. O idioma da conversa? Inglês, é claro!<o:p></o:p></span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"></div>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-16425538944869904332012-02-07T14:38:00.000-08:002012-02-07T19:30:00.094-08:00Sul-Americano de 1948<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em 2008, escrevi para a Revista Trivela uma matéria a respeito do título vascaíno no Sul-Americano de 1948. Li agora, no site da Espn, que o Vasco vai pleitear a condição de primeiro campeão da Libertadores, defendendo que o certame embrionário lhe era equivalente. Abaixo, o texto da reportagem, que saiu na edição de março de 2008.</span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><br />
</div></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><b><span lang="PT"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Nos trilhos da Libertadores</span></span></b></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT">Há 60 anos, o Expresso da Vitória conquistou seu mais importante título</span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT">“A façanha do Vasco foi a maior jamais realizada por clube brasileiro”. Com essa frase, Mário Filho iniciou sua coluna no Jornal dos Sports de 16 de março na 1948. Na antevéspera, o time cruzmaltino saíra do Estádio Nacional de Santiago com um enorme condor de bronze, que representava a conquista do Campeonato Sul-Americano de Campeões. A ave escolhida para dar forma ao troféu simboliza a liberdade do continente americano, mais tarde lembrada, também, pelo nome da prestigiosa competição que recolocaria em prática a grande sacada do final dos anos 40.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Em 1996, a Conmebol reconheceu a importância do título do Vasco, que, no ano seguinte, pôde jogar a Supercopa Libertadores. Admitir a equivalência entre o certame do Chile e a Libertadores não foi um exagero da entidade. Descontados os limites que a época impunha – em alguns países, ainda não havia campeonatos de abrangência nacional –, a seleção dos participantes foi bem criteriosa, mais até do que na Europa, cuja primeira Copa dos Campeões definiu seus disputantes sem levar em conta o desempenho no ano anterior.</span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A presença de representantes de sete países foi importante para diferenciar o campeonato de Santiago dos muitos desafios, quadrangulares e torneios que, à época, fervilhavam na América do Sul. Fazia muitos anos, por exemplo, que os campeões do Uruguai e da Argentina duelavam pelo título “rioplatense”. Em 1947, a chamada Copa do Atlântico reunira times brasileiros, argentinos e uruguaios. Poucos dias antes de o Vasco chegar ao Chile, o Flamengo esteve lá jogando amistosos. No mesmo período, o River Plate visitou a capital paulista, onde perdeu para o Corinthians, empatou com o São Paulo e venceu o Palmeiras.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Apesar da campanha irregular nesse tour, “La Maquina” de Moreno, Labruna e Di Stéfano manteve sua aura quase intacta e chegou ao Campeonato Sul-Americano ostentando a insígnia de favorito. Atribuiu-se a medíocre performance em solo paulistano às fortes chuvas que haviam enlameado a grama e prejudicado o fino toque de bola portenho.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">De azarão a favorito</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></h1><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Às seis horas da manhã do dia 7 de fevereiro, o Vasco decolava rumo a Santiago. O time não ia curtir a folia carioca, embora merecesse: no ano anterior, havia conquistado o título local de forma invicta. E sem Ademir de Menezes, que estava no Fluminense. Mas, naquele sábado de carnaval, o filho pródigo já havia retornado ao lar. Ele e mais dezessete integrantes do Expresso da Vitória partiam para o Chile na condição de figurantes. Afinal, nenhum time brasileiro, nem mesmo a seleção, havia vencido um campeonato em território estrangeiro.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Robinson Alvarez, presidente do Colo Colo e idealizador da competição, pensava assim. Por isso, a tabela agendou, inicialmente, os cruzamentos entre River, Colo Colo e Nacional para as últimas rodadas. Esperava-se, desse jeito, garantir o interesse do público até o final. No entanto, em seu segundo jogo, o time treinado por Flávio Costa bateu o Nacional por 4 a 1, obrigando Alvarez a rever os seus conceitos. Após certa resistência a alterações no cronograma, o Vasco acabou cedendo. Seu último compromisso passou a ser contra o River Plate, no dia 14 de março.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT"><strong>O caminho para o título<o:p></o:p></strong></span></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A goleada sobre o campeão uruguaio foi a única partida de Ademir no certame. Um chute do beque Rodolfo Pini provocou uma fratura no pé direito do “Queixada”, que regressou ao Rio para iniciar a recuperação. Embora o desfalque fosse preocupante, o time continuou rendendo bem. “Havia ótimos reservas” – lembra o jornalista Luiz Mendes, que acompanhou a competição – “Desde 1944, o Vasco era o melhor time do Brasil”.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Pouco a pouco, Flavio Costa foi encontrando a formação ideal. O zagueiro Wilson, que, em janeiro, ainda defendia os juvenis, surpreendeu com atuações muito seguras. O mesmo não sucedeu com o jovem Dimas, artilheiro do carioca de 47, que parecia meio preso. O técnico, então, optou por deslocar Friaça da ponta direita para o centro do ataque, onde ele teve atuações destacadas. “Eu tinha um chute muito forte”, conta o ex-jogador, morando hoje em Porciúncula (RJ), sua cidade natal.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Um dos quatro gols de Friaça no campeonato foi marcado no empate com o Colo Colo, que alinhou alguns jogadores de outros times chilenos, burlando o regulamento. Esse não foi o único caso de armação do certame. A arbitragem da batalha entre Vasco e River, a cargo do uruguaio Nobel Valentini, foi muito contestada pelos vascaínos e pela imprensa, principalmente por conta do gol anulado de Chico, em suposto impedimento.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Nessa partida decisiva, o River necessitava da vitória. Foi o adversário, porém, que tomou as rédeas do confronto: “O Vasco da Gama, que devia ser o vencedor, não acusou pontos débeis em suas diferentes linhas, e realizou ontem sua melhor partida no campeonato”, apontou o jornal La Nación. Di Stéfano, eficazmente marcado por Wilson, só veio a tocar na bola aos 26 minutos. Barbosa pegou pênalti cobrado por Labruna, segurando o 0x0 e coroando sua bela passagem por Santiago.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">No Rio de Janeiro, uma multidão foi recepcionar o Vasco. Desfilando em carros abertos, rumo a São Januário, os heróis fizeram, finalmente, o seu carnaval. Na verdade, apenas alguns deles, porque outros tiveram de ir diretamente para Montevidéu, onde a seleção jogaria a Copa Rio Branco. O Vasco era a base do escrete nacional e o campeão dos campeões sul-americanos. Por isso, como diz o cântico mais ouvido em São Januário atualmente, uma das grandes glórias do Gigante da Colina “é relembrar o Expresso da Vitória”.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><strong><span lang="PT">Descontinuidade</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></strong></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Além de espetáculo esportivo, o Campeonato Sul-americano de Campeões foi um movimentado evento social. O Colo Colo não mediu esforços para dar ares de festa à competição, promovendo homenagens e confraternizações. Antes de a bola rolar, houve concurso de cartazes e sorteio de viagens para quem comprasse ingresso de tribuna especial. Na cerimônia de abertura, as delegações desfilaram pelo campo do Estádio Nacional, entoaram os hinos de seus países e fizeram o juramento de “aceitar as derrotas com esportividade”.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A promessa, contudo, não foi cumprida à risca. O jogo Colo Colo 3x2 Nacional ilustra bem isso. Enquanto perdia por 2 a 1, a equipe chilena atormentou o árbitro brasileiro Alberto da Gama Malcher, obrigando-o a interromper a partida e descer para o vestiário. Malcher só retomou seu serviço depois do bizarro apelo do presidente Robinson Alvarez, de microfone em punho: “Peço ao público que faça o sacrifício de ver atuando novamente este juiz”. Dias depois, Alvarez se retratou e até deu uma medalha a Malcher, mas o mal já estava feito.</span><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></span></div><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Antes do episódio, o Nacional ainda brigava pela taça. Seu descontentamento com o campeonato só não foi maior do que o do River Plate, que se sujeitou a um arranhão na lataria da “Máquina”. O próprio Vasco, embora campeão, não engolira os cambalachos do Colo Colo na inscrição de jogadores. Essa soma de insatisfações atrapalhou os planos de Robinson Alvarez, que não concretizou o desejo de organizar outra edição do torneio. Mas a semente de uma frondosa árvore já estava plantada. Hoje, em seu galho mais antigo, um condor move as asas.</span><span lang="PT"><o:p> </o:p></span></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT"><o:p><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><u><strong>Clubes que participaram da competição</strong></u> </span></o:p></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"><br />
</div></span><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Vasco da Gama (BRA)</span></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></h1><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Como chegou à competição<o:p></o:p></span></span></span></h1><div style="text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Campeão carioca de 1947</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Barbosa, Augusto e Wilson; Eli, Danilo e Jorge; Djalma, Maneca, Friaça, Ismael e Chico</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Individualmente muito forte, o time crescia quando diante de desafios mais difíceis. Não por acaso, suas melhores atuações foram contra o segundo, o terceiro e o quarto colocados</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Campeão</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sem títulos há cinco anos e fora da Libertadores desde 2001</span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">River Plate (ARG)</span></span></b><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT"><strong>Como chegou à competição</strong></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Campeão argentino de 1947</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Grisetti, Vaghi e Rodríguez; Yácono, Rossi e Ramos; Reyes, Moreno, Di Stéfano, Labruna e Loustau</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quase todos os jogadores do time vinham das categorias de base do River. Sua escola era a do jogo coletivo, baseado na manutenção da posse de bola e em triangulações envolventes</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Vice-campeão</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Não consegue ter o mesmo sucesso internacional do rival Boca</span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Nacional (URU)</span></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></h1><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Como chegou à competição</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Campeão uruguaio de 1947</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Paz, Raúl Pini e Tejera; Santamaría, Rodolfo Pini e Cajiga; Castro, Gómez, Atilio García, Gambetta e Orlandi</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">A dupla Walter Gómez/Atílio García mostrava muita eficiência, porém a zaga, segundo os críticos da época, era lenta e pesada. Tejera e Gambetta enfrentariam o Brasil em 1950</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Terceiro lugar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Tricampeão da Libertadores, perdeu espaço no cenário continental</span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Municipal (PER)</span></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></h1><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"> </span><br />
<h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Como chegou à competição</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Vice-campeão peruano de 1947 (o campeão, Atlético Chalaco, recusou o convite)</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Suárez, Cavadas e Perales; Colunga, Castillo e Celi; Hurtado, Mosquera, Drago, Guzmán e Torres</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Baixinhos e habilidosos, os “Tres Gatitos” Mosquera, Drago e Guzmán formavam o melhor núcleo da equipe, que tocava bem a bola, mas pecava pela falta de objetividade</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quarto lugar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Caiu novamente para a segunda divisão do futebol peruano</span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT"><strong>Colo Colo (CHI)</strong></span></span></span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Como chegou à competição</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Campeão chileno de 1947</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sabaj, Machuca e Pino; Urroz, Miranda e Muñoz; Aranda, Farias, Dominguez, Peñaloza e López</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quinto lugar</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O time montado pelo ex-atacante Enrique Sorrel sentiu a pressão de jogar em casa e sofreu com a ausência do goleiro Misael Escuti, contundido</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Vive boa fase e sonha em ganhar a Libertadores outra vez (já o fez em 1991)<o:p></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT"><strong>Litoral (BOL)</strong></span></span></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"></span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT"><strong>Como chegou à competição</strong></span></span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Campeão de La Paz em 1947</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Gafuri, Araoz e Bustamante; Ibañez, Valencia e Vargas; Sandoval, Rodríguez, Caparelli, Gutierrez e Orgaz</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Lutador e persistente, o limitado time do Litoral corria bastante. Muitos de seus jogadores defenderam a Bolívia na Copa do Mundo de 1950</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sexto lugar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O período áureo do clube foi mesmo o fim dos anos 40. Depois, perambulou por divisões inferiores, até desistir de disputar qualquer campeonato, em 2003</span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><div style="text-align: justify;"></div></span><br />
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"><span lang="PT"><strong>Emelec (EQU)</strong></span></span></span><br />
</div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Como chegou à competição</span></span></span></h1><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Convite. Vale frisar, porém, que, em 1946, o clube venceu o campeonato de Guayaquil e que o ano de 1947 foi atípico para a cidade, pois lá se realizou a Copa América</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Time-base</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Arias, Henríquez e Zurita; Riveros, Alvarez e Ortiz; Albornoz, Jiménez, Alcívar, Yepez e Mendoza</span></div><h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: small;"> <span lang="PT">Características</span></span></span></h1><div class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Contava com jogadores rápidos, mas não ia muito além disso. Os destaques eram Henríquez e Alvarez, que chegaram a atuar na liga pirata colombiana</span></span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Resultado</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Último lugar</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><b><span lang="PT" style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Situação atual</span></b></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span lang="PT" style="mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Ainda é um dos clubes mais importantes do Equador</span></span></div>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-74159492917718371302011-03-11T02:08:00.000-08:002011-03-11T08:45:07.135-08:00É humilhante<div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><strong>Estilo de jogo do Barcelona tripudia da mediocridade e leva até gente respeitabilíssima, como Wenger, a procurar justificativas risíveis para a derrota</strong></span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div align="center" class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Desnecessário recorrer às estatísticas. Quem viu Barcelona 3x1 Arsenal sabe que apenas um time jogou, mesmo quando ambos estavam com onze em campo. A expulsão de Robin Van Persie não teve nenhuma relação com os rumos tomados pela partida, que era, até então, totalmente controlada pelo Barça. Acuado, o Arsenal não concatenou nenhum ataque. Não esboçou nada próximo a uma pressão. Diante da supremacia catalã, parecia um time de nerds na aula de educação física. Ainda que Wenger tivesse gozado de uma licença especial da Uefa para pôr doze jogadores no gramado, o desenlace teria sido o mesmo. Chega a ser constrangedor o renomado manager francês atribuir o insucesso ao cartão vermelho de Van Persie. O silêncio era uma alternativa menos infame.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Deve ser duro para um Wenger, um Ferguson ou um Mourinho aceitar que o novato Pep Guardiola montou o melhor time das últimas décadas. Um time que não investe pesado na bola parada, que abdica do chuveirinho descerebrado, que não se livra da bola como quem carimba um documento. Um time que dá as cartas e embaralha os adversários, que viram títeres nos pés dos titãs Xavi, Iniesta e Messi. Um time que vence e convence: sonho de qualquer torcedor. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A existência de uma equipe assim gera muito desconforto na concorrência, principalmente a mais elitizada. Quando, em determinado duelo, a mediocridade dos dois times se disfarça de equilíbrio, fica muito mais fácil edulcorar a incompetência com frases de efeito e um discurso pseudo-filosofante. Na coletiva pós-partida, o técnico mantém aquela pose de conhecedor dos segredos, de detentor da verdade que não pode ser revelada, mesmo que seus pupilos não tenham jogado nada. Mas, quando se tem um Barcelona pela frente, as desculpas se esvaem. Sob a batuta de Guardiola, os baixinhos do Barça mostram ao mundo, para desespero de muitos falsos sábios, que é possível jogar, que o futebolzinho burocrático, modorrento,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>enfadonho e feioso de muitos times – alguns nem podem alegar limitação orçamentária – é fruto de inaptidão e preguiça, mesmo. Não é o tétrico e irreversível destino, não.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Guardadas as devidas proporções, o Santos do primeiro semestre de 2010 provocou receio similar nos treinadores rivais. Ofensivo, plástico, arrebatador e eficaz, o futebol praticado pelo Peixe de Dorival Júnior desmentiu teses capengas e tacanhas sobre como se deve e se pode jogar nos dias atuais. Lembro-me de Mano Menezes um tanto perturbado com as performances santistas, culpando arbitragens e fazendo questionamentos irônicos. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: x-small; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-size: small;">Não acho, porém, que Mano esteja entre os piores. Também não duvido de que Wenger seja um dos grandes da história – o Arsenal de 2003/4 foi um dos esquadrões mais entusiasmantes da década passada. No entanto, depois do embate com o Barcelona, a voz do francês limitou-se a reverberar mesquinharias ouvidas em tantos outros vestiários e salas de imprensa. Não pareceu ser a voz de alguém que preza o bom futebol. Talvez tenha sido o eco distorcido de uma corrosiva lamúria encarcerada no âmago de Wenger e de vários outros técnicos pelo planeta: "Eu queria ter construído esse time..."</span>.</span>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-2308151871907780052011-01-14T00:08:00.000-08:002011-01-15T08:27:49.246-08:00Sneijder? Nem entre os cinco!<div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Antes de me debruçar sobre o assunto central deste post, farei um preâmbulo que considero indispensável. Vários jornalistas esportivos já expuseram opiniões acerca dos prêmios concedidos pela Fifa na segunda-feira. Assisto com frequência aos programas da ESPN, costumo ler os blogs do site espn.com.br e o da trivela, e causou-me certa estupefação a forma como alguns telespectadores e leitores reagiram aos posicionamentos dos comentaristas. Qualquer ponto de vista, ainda que defendido com argumentos sólidos e plausíveis, foi tomado como uma pretensão de deter o monopólio da Verdade. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Certos leitores parecem ter ojeriza a opiniões. Enxergam-nas como manifestações de puro desrespeito. Não aceitam que o analista possa lançar um olhar sobre determinada questão, nem que tente provar a validade de suas ideias. O julgamento do crítico, baseado em sua experiência, sua visão de mundo, seu conhecimento de futebol, seus princípios e suas impressões pessoalíssimas é tido como uma afronta. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O que querem os consumidores de mídia esportiva? Imparcialidade não quer dizer ausência de opinião – significa, na verdade, a independência que permite ao jornalista a exposição de seu pensamento sem a intervenção de influências nefastas. E isso, na minha humilde maneira de enxergar as coisas, não deveria valer apenas para os expoentes da mídia televisiva. Sempre apreciei o setorista de emissoras de rádio que, em vez de apenas relatar o que objetivamente aconteceu no treino da tarde, faz uma reflexão mais profunda acerca do clima do treino, das intenções do técnico e dos rumos do time no campeonato. Sem bairrismo, clubismo ou jabá, imune a pressões de quaisquer tipos, o cara interpreta o que vê, esboça analogias, arrisca projeções. Em suma, dá sua opinião. Isenta. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Findo o intróito, tratemos do tema sugerido pelo título. Muita gente na imprensa esportiva estranhou a ausência de Wesley Sneijder no terceto que foi à "final" do Ballon d'Or. Eu não achei nem um pouco estranho. Obviamente, respeito a posição de quem reputou injusto o fato de o holandês não ter entrado na disputa decisiva. Alguns entendem que o camisa 10 da Inter merecia não apenas uma indicação para o conclave da última segunda, mas também o prêmio maior. Penso de forma bem diferente e acho saudabilíssima essa pluralidade de conceitos.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Julgo como muito merecida a escolha de Messi. Vou evitar explicações porque estou redigindo um outro texto (cuja publicação está atrasadíssima, segundo o meu editor, que sou eu mesmo), intitulado "Meressi", em que pretendo esclarecer sobejamente o voto. Aguardem. Por ora, vou me concentrar em Sneijder. Terá ele sido um dos melhores da Copa do Mundo, mesmo? E o sucesso da Inter na Champions League passou tanto assim pelos pés da cria do Ajax?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Quando há eleições como a da Fifa, parece existir, na cabeça de alguns votantes e críticos, certa confusão entre êxito coletivo e performance individual. Os agraciados da última segunda-feira são, em teoria, aqueles que se destacaram individualmente no transcurso de 2010. Claro, isso não quer dizer que o melhor do mundo precisa mostrar todo seu acervo de firulas sem se importar com os colegas. Longe disso: sobressair individualmente envolve, também, sintonizar-se com a equipe, jogar para o time. Mas o laurel não vai para o time. Campeonatos conquistados por times muito bem montados não determinam que, necessariamente, seus integrantes devam ganhar todos os prêmios individuais do ano. Um atleta de um clube que tenha ido até uma semifinal de Champions League (a semelhança com Messi é casual), por exemplo, pode ter sido muito mais brilhante do que um campeão da mesma competição. Por isso, o argumento de que Sneijder ganhou tudo com a Inter não encerra a discussão. Deve-se avaliar se o futebol praticado pelo holandês foi proeminente a ponto de ter desequilibrado jogos em favor do time. Se isso não aconteceu, ou se o craque do time não foi ele, então fica claro que não foi ele o craque do mundo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O grande nome da Inter na temporada 2009/10 foi Diego Milito. Não por acaso, foi eleito pela Uefa o melhor jogador da Champions League. Fez seis gols nessa competição, dois deles na final – em ambos, o argentino conduziu a jogada com um misto de precisão minimalista e frieza siberiana. Exibiu essas mesmas virtudes num lance em que deixou Sneijder de frente para Butt e... deu Butt. Marcou um golaço contra o Chelsea, no difícil embate de oitavas-de-final. Deu passes clarividentes para dois gols na semifinal diante do Barcelona, na qual também deixou o seu, após assistência de Sneijder. Assistência?</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">A Uefa computou, mas a cabeçada do holandês almejava a rede, e não o atacante argentino. Com mais cinco assistências além dessa, o meia alcançou o topo do ranking de garçons da Liga, estatística que pode ter maravilhado muita gente. Sem querer ser implicante, o segundo colocado foi Alberto Gilardino (5 assistências), e, dentre os passes para gol efetuados por Sneijder, um foi uma cobrança de escanteio no empate em casa com o Dynamo Kiev e pelo menos dois (sem contar a testada equivocada que acabou achando Milito) tiveram um grau de dificuldade bem pequeno. Se levarmos em conta que uma das assistências que sobram aconteceu num contragolpe já no fim do confronto com um Chelsea desesperado, pula para cinco o número de assistências não muito impressionantes. A única restante, produzida no triunfo sobre o Dynamo, em Kiev, é de 2009. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O excesso de meticulosidade pode estar até assustando minha esposa e minha mãe (únicas leitoras), mas ajuda a mostrar que o ano de Sneijder não foi assim tão soberbo. Ele se encaixou bem no esquema de Mourinho, mas talvez outro playmaker de características similares – um Diego, por exemplo – tivesse atuado num nível próximo ao do holandês, caso estivesse em seu lugar. Chocante? Não. Espantoso seria ver um meia ofensivo que fez apenas dois gols em jogos da Série A em 2010 (dois no primeiro semestre e nenhum no segundo) receber o título de melhor do mundo.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Alguém pode alegar que balançar redes não é da alçada de Sneijder, mas, naquela que seria sua especialidade – a assistência –, o líder da Inter no campeonato italiano de 2009/10 foi Maicon, com quase o dobro (11 x 6) das do colega. No mesmo quesito, Sneijder foi superado pelos compatriotas Kuyt e Van Persie na Copa do Mundo, e é com esse dado que começaremos a questionar a tão festejada participação do camisa 10 da Oranje no Mundial.</span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Sim, Sneijder foi, com 5 gols, um dos artilheiros da Copa. Teve méritos. E é indubitável que todo e qualquer gol de uma competição como a Copa vale muito. Contudo, há de se admitir que os tentos de Sneijder na África do Sul não atingiram pontos muito altos numa escala de engenhosidade e plasticidade. O primeiro foi assinalado contra o Japão – frango medonho do goleiro nipônico, que, em vez de espalmar a pelota para longe, arremessou-a para a própria meta, como num lance de handebol. O segundo foi uma escorada para a desprotegida e desértica baliza eslovaca. O terceiro e o quarto ocorreram em cima do Brasil. Diversos torcedores e especialistas em futebol ficaram embevecidos com a atuação de Sneijder nessa partida. Não consigo compreendê-los. Não vi nada, e talvez tenha sido o único. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Não houve nada de genial nos gols que viraram o jogo para a Oranje – o primeiro veio absolutamente sem querer, numa banal chuveirada que ensaboou as luvas de Júlio César e encheu de xampu os olhos de Felipe Melo. O segundo nasceu de uma cabeçada na pequena área, em meio a atônitos defensores brasileiros. No jogo seguinte, semifinal contra o Uruguai, Sneijder marcou seu quinto e último gol na Copa, por meio de um chute despretensioso que foi batendo<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>em obstáculos de fliperama cisplatino até enganar o fraco guarda-metas Muslera. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Foi boa a Copa de Sneijder? Sim. Mas, seguramente, David Villa, Diego Forlán e Thomas Müller (os três que, assim como o holandês, marcaram cinco gols) tiveram passagens mais intensas pela África do Sul, bem como Xavi, Iniesta, Schweinsteiger e Özil. </span></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0in 0in 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><span style="font-family: "Times New Roman"; mso-ansi-language: PT; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Somados, o desempenho de Sneijder no primeiro semestre, as atuações dele na Copa e o insosso segundo semestre não o poriam, segundo a ótica deste blog, entre os três melhores de 2010, tampouco entre os cinco. Espero ter convencido as duas mulheres que prestigiam o Futebópolis. Até a próxima.</span></span>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8095763208162355379.post-58207867554275028862010-12-29T21:41:00.000-08:002011-01-03T11:26:52.597-08:00E se Ronaldo tivesse nascido quarenta anos antes?<em><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">O primeiro post deste blog foi escrito em 2007. À época, eu supunha poder indicá-lo para a seção "E se...", da Revista Trivela, no entanto soube, pouco depois de redigi-lo, que a seção não mais existiria. No fantástico site Balípodo, de Ubiratan Leal, idealizador desses "passeios por realidades alternativas", como ele próprio define, há vários outros "E se...", indubitavelmente melhores do que este aqui. Feliz 2011 para todos os meus três ou quatro leitores.</span></em><br />
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<div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Ah, as maravilhas da moderna medicina esportiva... Quantos craques do passado teriam sido mais do que foram se tivessem usufruído delas? Ronaldo Nazário que o diga. Com 16 anos, suas arrancadas já impressionavam quem o via jogar no estádio Figueira de Melo, trajando o uniforme do São Cristóvão. Em 1956, depois de quase conseguir levar o clube do subúrbio carioca ao segundo título de sua história (trinta anos após o primeiro), foi finalmente comprado pelo Flamengo, seu time de infância. Contava então 20 anos e era tido como o melhor centroavante do futebol do Rio, à frente de Vavá, Paulinho Valentim e Valdo. Seus “rushes” rumo à área adversária lembravam muito Ademir, o Queixada, a ponto de ele ficar conhecido como Ronaldo, o Dentada. As contusões ainda não o atormentavam. Os gols e os dribles abundavam. As mulheres também.</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Apesar do estrondoso sucesso da fugaz parceria com Dida no Flamengo, Ronaldo transferiu-se para o São Paulo em 1957, alegando que os dirigentes rubro-negros não cumpriram o que haviam prometido. No tricolor paulistano, sagrou-se campeão ao lado de Maurinho, Zizinho e Canhoteiro. O bom salário lhe permitiu realizar um sonho: a abertura da confeitaria R9, novo ponto de encontro da Rua Augusta. </span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Ninguém duvidava da presença de Ronaldo na Copa de 1958. Quatro anos antes, seu nome aparecera em algumas especulações, mas Zezé Moreira não se entusiasmara. Afinal, para mudar a imagem deixada em 1950, eram necessários homens de fibra, e não goleadores púberes. Além disso, não existia essa história de preparar o jovem para o Mundial seguinte. Mas, às vésperas da Copa de 58, Ronaldo, embora ainda muito novo – não havia completado 22 anos – era unanimidade. Vicente Feola resolveu não inventar muito: escalou Joel, Ronaldo e Dida em toda a campanha na Suécia. Os três haviam jogado por música no Flamengo e deram grandes bailes na Copa, inibindo as vozes que defendiam as presenças do garoto Pelé e do maroto Garrincha no onze titular.</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">No dia da grande final diante dos anfitriões, Ronaldo, até então uma das grandes figuras daquele Mundial, passou mal na concentração. Alguns consideraram sua crise convulsiva um efeito colateral das infiltrações que vinha tomando, para aliviar algumas dores. Outros preferiram enxergar um ataque de amarelite aguda, a mesma que havia derrubado o Brasil em outras Copas. Éramos um povo fraco, sem moral, sem equilíbrio, sem virtude de espírito, diziam os detratores da pátria-mãe. Podia ter sido diferente se Feola tivesse optado por lançar o reserva Vavá. Um letárgico Ronaldo e seus dez companheiros emocionalmente abalados – entre eles Zagalo, que, segundo algumas versões do episódio, convenceu a comissão técnica a pôr o “Dentada” em campo – foram surrados pela Suécia: 5 a 2, com direito a hat-trick de Kurt Hamrin.</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Ronaldo virou símbolo de uma onda de pessimismo que tomou conta do país. A taça do mundo não era nossa. Esta era uma terra estragada pelos erros do passado. Demorávamos cinquenta anos para andar cinco. Talvez a Bossa Nova não fosse lá essas coisas. Ronaldo ficou deprimido e ganhou quilos. Muitos quilos. Tantos que, numa tarde no Pacaembu, o joelho não aguentou. Quem viu de perto a careta medonha do craque e ouviu seu grito lancinante soube que aquela articulação toda retorcida era o precoce ponto final de uma carreira que podia ter sido longeva e muito vitoriosa.</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><br />
</span></div><div class="MsoBodyText" style="margin: 0in 0in 0pt;"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;">Um ano se passou. Dois. Três... Cinco. Ronaldo tentou voltar, no São Cri-Cri, mas os grilos em sua cabeça já eram tão grandes quanto as dores nas juntas. Os verdadeiros amigos de Bento Ribeiro contribuíram para que seu fim não fosse como o de Heleno de Freitas, ou como o do contemporâneo Garrincha. Hoje, Ronaldo Nazário, 74 anos, mora numa casinha do velho bairro, onde, aos domingos, costuma reunir a família para um tradicional frango com macarrão. Entre uma garfada e outra, o velho “Dentada” dá uma espiada nos jogos da Inter, do Barcelona, do Milan e do Real Madrid. E fica pensando... </span></div>Rafael Martinshttp://www.blogger.com/profile/10727600516773579969noreply@blogger.com1